segunda-feira, 23 de abril de 2012

Informações sobre Criança e sexualidade!

Espero que essa matéria da Revista Crescer possa auxiliar pais que sentem-se perdidos diante da descoberta da sexualidade dos filhos. Embora a matéria esteja relatando que o interesse pode ser despertado a partir dos 2 anos, muitas vezes acontece quando ainda são bebês. Aprenda a respeitar essa fase do seu filho, sem repressões, apenas distraindo a atenção dele para outras atividades que também lhe proporcione prazer. Então, vamos nos informar para saber como lidar. Boa leitura! Abraços - Márcia Cortez /Psicóloga


O interesse das crianças pelo sexo

A masturbação satisfaz a curiosidade de exploração do corpo. Castigar ou reprimir é ruim

Redação Crescer

Renata Chabetai
A retirada das fraldas, a partir dos 2 anos, desperta o interesse da criança pelos órgãos sexuais. E, quando ela percebe que tocar as partes íntimas causa uma sensação gostosa, descobre a masturbação. É tão natural para ela quanto qualquer outra exploração de algo ao seu redor, mas nem sempre os pais reagem a isso com a mesma espontaneidade do filho. Surpresa, constrangimento e até ímpetos repressores podem surgir ao flagrarem o filho entretido com o próprio sexo. Pais, contenham-se! Alegrem-se por sua criança estar seguindo a cartilha do desenvolvimento infantil. A masturbação representa a descoberta da sexualidade. Ela está presente desde que seu filho nasceu e sentia prazer, por exemplo, em mamar no seio. Mas agora essa sensação vai além da boca, passa a incluir os genitais. "É um indicativo de boa evolução da saúde física e emocional", resume a psicanalista Maria Cecília Pereira de Aguiar, do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual (GTPOS), de São Paulo. Por isso, a pior coisa a fazer ao pegar seu filho se masturbando é castigá-lo ou reprimi-lo. "Além de continuar se masturbando às escondidas, o ato poderia gerar culpa, associando o sexo a algo negativo", afirma a psicoterapeuta Giselda de Lima. Ela explica que a masturbação infantil é diferente da adulta, pois não envolve fantasias e objetos de desejo. "O prazer está voltado para o próprio corpo. É puramente sensorial", diz.

Com privacidade O que as crianças têm de saber desde cedo é que a manipulação do corpo é algo íntimo, que não deve ser feito em público. "À medida que aumenta o nível de compreensão da criança, os pais podem lhe explicar que existe lugar certo para tocar os órgãos genitais, assim como para fazer xixi, trocar de roupa ou tomar banho", exemplifica a psicoterapeuta Giselda. "Propor brincadeiras é ótima saída", confirma a psicóloga Maria Cecília. Ela adverte que os pais também devem orientar a criança para que não use objetos ao explorar o corpo. "É só explicar que ela pode se machucar", conclui a especialista.

Exagero não é bom sinal A masturbação em excesso, na maioria das vezes, pode indicar algum problema emocional. Normalmente, a criança se masturba vez ou outra, antes de dormir ou em momentos de ansiedade como forma de aliviar-se. "Se ela deixa de fazer outras atividades para se masturbar, os pais têm de observá-la mais de perto para descobrir as possíveis causas. Talvez esteja se sentindo sozinha, pressionada por alguma mudança de rotina ou, ainda, com dificuldades de socialização na escola", explica a psicóloga Maria Cecília.  


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