Estava vendo uma revista e observando que um dos
temas preferidos é sexo, me deparei com o fato de que nunca escrevemos sobre
sexo e sexualidade no blog. E é um tema bastante importante para a vida de
todos e para diversas idades.
Pensei em começar a falar sobre sexo antes e depois, ou
seja, a história da sexualidade na nossa cultura.
Na década de 60, 70 e em alguns locais e até algumas
famílias dava-se importância para a virgindade. Claro que o movimento feminista
começou a mudar esta história neste período, mas no senso comum as mudanças
chegaram a bem pouco tempo. As famílias tentaram permanecer por muito tempo os
valores de manter as filhas virgens. Só as filhas, os filhos não, estes tinham
que ter relações sexuais.
A menina precisava se manter virgem para mostrar que
era uma moça de família e uma moça “direita”, os moços só casavam com moças
virgens.
Falas como “cuidado com homem”, “homem só quer usar
a mulher e depois joga fora”, “homem não é gente”, “homem só valoriza a mulher
se ela for virgem”... eram falas que as mães usavam para manter suas filhas
intactas.
Assim a mulher foi crescendo, dentro de um padrão
repressor da sexualidade, recebia as informações e as transformavam em algo
ruim.
Causando para muitas um retraimento, pois além de
medo dava a impressão que sexo é feio e sujo. Muitas mulheres faziam sexo, em
seus casamentos, por obrigação, sem sentir prazer. O maior prazer estava em
engravidar e ter filhos.
Isso foi mudando com o passar dos anos, da década de
90 para cá, porém fico me perguntado se não fomos parar em um outro extremo, em
que as mulheres fazem sexo com todos e todas que sentirem vontade. Sem
conhecer, sem afinidade, se cuidados. E passam a ser reféns do coração, pois
podem se apaixonar por qualquer um(a), de doenças e de gravidez indesejada.
Também o excesso de liberdade pode ter seus
prejuízos. O ideal, sempre é o equilíbrio.
Quanto às meninas e meninos que escolhem se manter virgens
Sabe-se que ainda existem grupos de jovens, ou
jovens que participam de grupos que optam por se manterem virgens.
Em geral jovens que freqüentam alguma instituição
religiosa fazem esta opção, e o mais interessante, acompanho alguns destes e
falo com certo conhecimento, mas não com verdade absoluta, que eles escolhem,
não é forçado, na maioria não é por medo, não é por imposição e sim por
escolha. Escolha baseada em crenças e valores mas ainda escolha; em alguns
casos mesmo que não haja a virgindade por algum motivo, mas há a escolha de se
abster de sexo antes do casamento.
E defendo que toda escolha deve ser respeitada.
Meu objetivo não é julgar quem está certo ou errado
mas começar a refletir sobre sexualidade. Pode ser interessante este jogo de abster-se.
Em outro artigo, que falo sobre relacionamento,
trago a idéia de que hoje os homens não querem se casar porque tem sexo a hora
que quer, livremente. Parece que o mistério se perde, fica tudo fácil e se
perde também o interesse. E o pior, se perde também o respeito. Ainda ouço
jovens rapazes falando que quer namorar com uma moça que seja séria, e muitas
vezes por séria eles querem dizer moças que não saem transando com todo mundo.
Já ouvi também jovem falando que até gosta de
“fulana”, mas para namorar não dá porque ela sai com muitos homens.
Bem.... não cabe-nos julgar. Muito menos apontar o
que é certo e o que é errado na vida do outro, podemos e devemos sim, julgar o
que é certo para a nossa vida. Fazer as melhores escolhas para nós mesmos.
Mas uma pitadinha de bom senso faz bem para todos e
todas as idades.