domingo, 16 de fevereiro de 2014

SORTE ou ATITUDE?



Passei o sábado inteiro preparando um trabalho e o domingo pensando e analisando uma monografia. É cansativo, a mente reclama, o corpo sente, sem contar a família.
Outro dia fui em uma palestra e no mesmo dia precisei deixar o carro na funilaria, peguei um ônibus que levou 1:30hs Para chegar ao local onde pagaria um outro ônibus para o destino, trajeto que de carro faria em 40 min. No máximo. De volta cheguei em casa mais de 1:30hs da madrugada, mas não foram obstáculos para eu ver e aprender o que o palestrante tinha para me ensinar.
Estas situações me fizeram refletir sobre alguns comentários que ouvimos como:
_ Tem sorte.
_ É rica (o).
_ Dependo de Deus.
_ Nasceu com uma estrela na testa.
Sorte? Não, nada com a sorte; dedicação, empenho, atitude, são comportamentos que nos levam a conquistar o que desejamos, seja um emprego,  um objeto,  ser algo, seja o que for, para alcançarmos precisamos agir, buscar, ter conhecimentos, discernimentos, foco, etc. E ai as coisas acontecem. É fácil? Claro que não, exatamente por esse motivo que alguns vão e outros ficam. Ficam reclamando, desejando e esperando.

Para conquistar precisamos, com licença da palavra, praticar TBC (tirar a bunda da cadeira). Enquanto não se pratica, as coisas não acontecem, e aquele que pratica vai e faz, vai e realiza.

É rico(a)?  Quem tem,  carro, casa, viagens, bens, dinheiro, de certo muito trabalha para isso. A menos que tenha herdado, o caminho para as conquistas não é fácil, precisa abrir mão de finais de semana, até mesmo de acompanhar o crescimento de filhos, dar prioridades para umas coisas em lugar de outras, e no final, somando-se conhecimentos, atitudes, ações, escolhas, etc. os resultados podem sim, ser uma vida financeira mais confortável, o famoso rico.

Dependo de Deus? Claro todos nós dependemos, isso é fato e não precisamos ficar falando toda hora já que é fato. O problema que enquanto uns ficam falando que depende de Deus também ficam sem praticar o TBC, se depende de Deus não depende dele(a) mesmo (a). Para aqueles que depender de Deus é um fato e não precisa ficar repetindo toda hora, o que faz? TBC, sim, vai em busca de realizar seus sonhos, metas e objetivos e vai com a certeza que Deus está lá em cada passou que dá, em cada porta que se abre, porque isso é fato, mas depende de ir.

Ninguém nasce com uma estrela na testa, ter sabedoria para perceber aquele momento em que uma porta se abre e ter a coragem de adentrar a porta que abriu antes que ela feche, ou perceber uma fresta em uma janela e ter coragem de fazer esta fresta virar uma porta, para estes sim as coisas tendem a dar certo, estrela não, coragem; coragem de assumir o novo, de enfrentar seus medos e inseguranças, ter a coragem de ir.

O que chamam de estrela chamo de coragem, coragem de viver a vida não é para todos. A vida não é fácil, não facilita em nada, mas quando vencemos e alcançamos nossas metas e objetivos o gosto da vitória é doce. E não para por ai, enquanto saboreamos uma vitória já vislumbramos outra, porque o combustível da vida são as metas, sonhos e objetivos.

Quem não estes combustíveis costuma reclamar da vida, ver o que o outro tem ou o que o outro é e deixa de viver a apropria vida, para, estanca, mobiliza e nada acontece. Não cresce, não aparece.

Sempre que olhar para o outro e pensar o que ele tem que você não tem, lembre-se que provavelmente ele trilhou um caminho, que não foi fácil, para chegar onde está. Que pode ter aberto mão de coisas que você possivelmente não abriria.
Tenho o relato de uma pessoa que emagreceu e que para isso abriu mão de ficar vendo televisão das 20 às 22hs e neste período está na academia, quantos abriria mão de assistir a novelinha da 9 para emagrecer? Poucos.

Se você é aquele que pratica TBC e se realiza com suas vitórias, parabéns!!! Sua vida tem sentido, você é portador de flexibilidade, força, determinação e muitas outras características que provocam no outro.... desconfortos.

O problema não é ser ou não ser, ter ou não ter. O problema é estar em uma situação por escolha e criticar o outro pelas suas escolhas, sendo assim a dica é que cuidemos mais de nossas vidas e menos da do outro, que possamos investir em auto-conhecimentos para evitar estes "desconfortos" que nos surgem ao olhar o outro em suas vidas.





Por: Cristina S. Souza



domingo, 9 de fevereiro de 2014

Crise da meia idade feminina

Crise da meia idade feminina
 E eu nem sabia que já estava dentro dela,

Há um ano me peguei a pensar nas coisas que não fiz. Realizamos em nossas vidas muitas conquistas, desejos, sonhos, atingimos metas. 
Sonhos comuns a uma adolescente ou jovem: casar, ter filhos, ter uma casa, ter um carro, ser uma profissional de sucesso, ser uma boa mãe, ser uma excelente esposa, ser inteligente... e assim vamos construindo nossos sonhos e castelos no ser e no ter.
E chega um dia que nos pegamos a pensar com saudades e com certa melancolia no que não realizamos, até porque para realizar uns sonhos precisamos abrir mão de outros, por exemplo, quando adolescente tinha como um dos meus milhares de sonhos, trabalhar viajando, portanto não seria compatível, dentro dos meus valores na época, com casar e ter filhos. 
Me coloquei a pensar com saudosismo naquela época em que tinha mesmo muitos sonhos e agora me deparo com só alguns realizados e não todos. Surge uma sensação de perda, tristeza e até fracasso. E ao ler a frase “Meia idade é quando você alcança o fim da escada e descobre que ela estava na parede errada”. (Sue Shellenbarger no livro A crise da meia idade feminina) tive mesmo esta sensação, caminhei tanto e parece que não caminhei nada.
Não que seja a parede errada, ou que nada fizemos, ao contrário, veremos mais abaixo que a crise é exatamente porque muito fizemos, pois não podemos deixar de reconhecer tudo que construímos até agora, mas por alguns instantes é esta a sensação que dá, quando lembramos do que não realizamos.

Outro momento crucial é ver o outro envelhecendo, observar que as amigas estão com cabelos brancos, rugas, perceber que os pais estão velhinhos e que as crianças cresceram e são homens e mulheres formados; gera uma sensação no mínimo desconfortante, mas quando começamos a ver que as amigas estão virando avós, ai sim, é o mesmo que olhar no espelho e perceber “estou envelhecendo”.

Um outro sintoma que venho percebendo é a falta de sono, se antes acordava as 10-11 da manhã sempre que podia, hoje as 6hs estou com os olhos abertos e despertos, se antes dormia aos domingos a tarde, hoje estou aqui, escrevendo para vocês, como se não pudesse perder tempo dormindo, e lembro de outras mulheres falando que não conseguem dormir a tarde e acordam cedo, antes não entendia, hoje entendo perfeitamente.
Algumas pessoas associam com a menopausa, mas  não estão ligadas. São momentos e situações diferentes.
Segundo Shellenbarger a meia idade tem inicio no final da década dos trinta anos, mais precisamente por volta dos 40, podendo ser um pouco antes ou depois, relata que frustração, desespero, ressurgimento de paixões e desejos inquietantes, auto-descobertas e renovação são comuns nas histórias de mulheres na meia idade.
Diante de tantas sensações e emoções é comum que nesta fase a mulher tenha algumas explosões e conseqüentemente algumas mudanças de comportamentos. Umas mudanças  podem ser sutis e outras bastante devastadoras.

A autora relata em seu livro, história de mulheres que largaram suas vidas, marido, filhos e saíram a se aventurar pelo mundo, algumas canalizam esta força para os esportes radicais, outras para a arte, outras para paixões; é uma revolta que explode e Shellenbarger define da seguinte forma: “Para mim, esta força vem de uma fonte ainda maior; da surpreendente descoberta de que, na meia idade, muito ainda não foi vivido, de que a vitalidade da alegria, da sexualidade e da auto-descoberta ainda está presente, mais forte e motivadora do que nunca”.

O fato de passar a juventude dedicando-se ao trabalho, a educação dos filhos e vida familiar, a autora compara com luzes de uma discoteca, a energia dessas mulheres é direcionada a vários lugares e elas perdem o foco.
E ao chegar no final da escada entra em crise e explode.

É comum vermos e acompanharmos histórias de mulheres que deixam sua casa e família e vão morar com um novo namorado, ou mulher que pede demissão de um emprego seguro e promissor e vai ser autônoma, monta um negócio ou vai trabalhar com artes, outras começam a escalar montanhas, pular de bung jump, paraquedas, entre outros esportes, ao que a autora chama de desejos explosivos.
O problema é que essas explosões e mudanças drásticas podem ou não atingir a família, depende do quanto a mulher está preparada para viver esta fase. Também ocorrem mudanças de humor, sentimentos e sensações.
Essas crises não têm um tempo definido, pode durar anos.

Mais uma para nós mulheres, como se não bastasse tudo que já temos e vivemos. Mas a crise da meia idade contribui para obtenção de nova consciência de nossos limites e desenvolvemos novas percepções do sentido e da direção para nos guiarmos pelo resto de nossa vida, afirma Shellenbarger.

Às minhas amigas e leitoras do nosso blog que está nesta fase, bem vindas. Não é um momento fácil mas pode ser um momento delicioso. Perceber que mesmo aos 40 ou mais, podemos sim conquistar, vencer, ter SER.... Podemos tudo que quisermos porque somos portadoras de características  únicas e de uma energia sem igual.
Assim somos nós: inteligentes, encantadoras, belas, seguras, experientes, determinadas, conscientes, e muito mais ....
Acredite.


Por Cristina S. Souza
Psicóloga – passando pela crise da meia idade

Livro que recomendo:
Sue Shellenbarger ; “A crise da meia idade feminina e como ela está transformando as mulheres de hoje”;
 Editora Verus; 2010; São Paulo

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Qual o sentido da Vida?

Quem já não se fez esta pergunta? Qual o sentido da vida? Por que estou aqui? O que tenho que fazer?
E hoje estou a me questionar... Qual o sentido da vida?

Ora estamos bem e felizes, ora caem os problemas e as tristezas. Qual o sentido disso?

E os que vivem entre alegrias e tristezas ok, mas os que vivem somente as tristezas e problemas?

Crescemos, nos casamos ou não, temos filhos ou não, trabalhamos, compramos e consumimos coisas, perdemos pessoas e coisas e tem momentos que tudo isso não faz sentido nenhum. Tem momentos que dá vontade que tudo acabe logo porque... continuar pra que?
Algumas religiões defendem que o sentido da vida é evoluir como pessoa, servir e se doar ao outro. Outras defendem que estamos aqui para adorar e crer  em Deus, fé. E por meio da fé servir ao outro. Então o sentido da vida é servir ao outro?

E se o "outro" não quer ser servido? Muitas e muitas pessoas não aceitam ajuda, seja por comodismo, seja por orgulho seja lá pelo que for... não aceita, e olha que tem gente que tenta empurrar ajuda, mas o outro quer ficar como está. Então a vida perde o sentido?

Algumas correntes defendem que o sentido da vida é ser feliz?

?

Ser feliz com o que? Coisas? Compramos coisas e logo já desejamos comprar outras, então nunca se está feliz, fica-se feliz por algum momento.

Ser feliz com o que? Pessoas? Mas só ficamos feliz se o outro faz o que quero da forma que quero e no tempo que quero, e o outro tem vida própria e desejos próprios, assim não nos faz feliz. Só em alguns momentos, e sempre que entramos em estado de tristeza, tem haver com o que o outro fez ou deixou de fazer.

Ser feliz com a fé? Então felizes são aqueles que trabalham e vivem para e pela fé? Padres, Pastores, Freiras que vivem a fé em tempo integral. E eles não ficam tristes? Sim, mesmo que com a dor do outro.

E ai? Qual o sentido de crescer, trabalhar, estudar, se relacionar, ter filhos, ter coisas, ter conhecimentos, e depois ir embora, alguns mais cedo outros tarde demais.

Ainda assim parece não ter sentido algum.

Mas já que é para viver, sem ter outra opção, então vamos nos relacionar, vamos estudar, trabalhar, ser pais, tios, avós; ser profissionais de sucesso, vamos Ser e Ter... Ser e Ter.... Ser e Ter e já que não tem outra opção vamos Ser feliz e ter alegrias, as tristezas? Lidamos com elas, colocamos novos objetivos em cima delas, fazemos terapias para dribla-las e vamos... porque o sentido da vida é continuar a viver enquanto é possível.





Por: Cristina S. Souza
Psicóloga Espaço Crescer Psicologia
Facilitadora Constelação Familiar
Ministrante do Curso de Hipnose Clinica