segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Influenciável??? Eu???



O que faz com que algumas pessoas sejam   influenciadas    facilmente?
A famosa “Maria vai com as outras”

Algumas pessoas parecem não ter opinião própria, em um momento estão em uma “vibe” e em outro momento em outra.

Quando falava-se em “Maria vai com as outras”, costumava imaginar uma pessoa, tímida, introvertida que por necessidade de convivência tinha o comportamento de trilhar caminhos que os amigos ditavam.

Mas vejo se repetir o comportamento, também em pessoas que em nada têm dificuldades de se relacionarem, pessoas muito inteligentes, comunicativas, bem relacionadas, mas pessoas que se desviam de seu caminho para seguir o caminho do outro, do “amigo”.

É exatamente isso que acontece, pessoas que têm este perfil de comportamento  costumam estar caminhando, seja em sua vida profissional, pessoal, social ou espiritual, e de repente conhece alguém, que normalmente tem poder de influenciar, e o influenciado passa a seguir.

Mesmo que o caminho seja tudo que sempre repudiou para si, vai totalmente contra suas próprias crenças e valores, se é que podemos afirmar que o influenciável tem crenças e valores próprios.

Se os tem é muito fragilizado, a ponto de, um outro, vir e mudar. Não é qualquer outro que muda, parece que precisa ser alguém por quem o influenciável se apaixona e se encanta, para esse fenômeno acontecer o que influencia, geralmente tem um perfil de líder.

Possíveis causas para ser influenciado:    
_
 Ego fragilizado: insegurança, baixa auto estima, baixa auto-confiança, medos, etc. conscientes ou não, são comuns em pessoas que se permitem influenciar. Dificuldades em fazer escolhas e quando as fazem tem dúvidas e incertezas. Ao acreditar ou querer algo não sustenta o suficiente ou por muito tempo, costuma misturar o que é seu com o que é do outro gerando confusão.
_ Falta de referencia materna ou paterna: construímos nossa identidade a partir da referencia de duas figuras, pai e mãe, ou masculino e feminino. A forma com que a criança vai internalizando estas figuras podem contribuir para a formação de um ego estruturado ou fragilizado. No caso das pessoas que tem uma tendência a seguir o outro, pode ser uma busca por algo que lhe faltou na mais tenra infância.
_ Insatisfação: algumas pessoas vivem em constante insatisfação, parece haver um vazio na alma, uma busca sem fim, nada do que conquista parece preencher este vazio. Ao ver o outro, aparentemente feliz, realizado, forte e determinado, segue-o em busca de ter o que o ele tem. Embora seja inconsciente na maioria das vezes.
_ Inveja: sabemos que existem vários tipos de inveja, hoje conhecida como inveja boa e inveja ruim, sendo a boa ver o que o outro tem e querer igual,  mas seguir o modelo e conquistar; a ruim ver que o outro tem, sentir raiva, tentar denegri-lo e destruí-lo.  Seja qual for a inveja ela pode sim fazer com que a pessoa se torne influenciável e vai cegamente pelo mesmo caminho que lhe é indicado por aquele que admira. Vai buscar o que o outro tem.

Quanto aos que influenciam: estes podem ou não ter clareza de seu poder, normalmente pessoas que se mostram seguras, determinadas, que sabem o que quer. Pessoas de personalidade forte, dominadoras e controladoras. Têm o poder de envolver e conquistar pessoas porque são cativantes e sedutoras.

Algumas podem perceber sua força e poder e aproveitar-se disto para envolver pessoas, outros os fazem sem ter consciência, sem perceber nem mesmo que tem este poder.

Em ambos, influenciável e influenciador podemos ver um jogo de sombra e persona. O que influencia pode ter em sua sombra uma grande insegurança e o influenciado pode ter em sua sombra uma grande força que precisa ser percebida. E assim um alimenta o outro, ou se retroalimentam.

O problema é que em algumas ou várias vezes este jogo pode se tornar perigoso, quando envolvem valores e crenças questionáveis. Valores que podem destruir uma vida, uma família, um relacionamento, um sucesso, etc. Mesmo que o caminho seja o melhor, que influenciado e influenciador estejam fazendo as melhores escolhas, pessoais, profissionais, espirituais; o problema é até quando? Até quando o influenciado vai trilhar este caminho? Até que apareça alguém ainda mais forte que o leve.

A psicoterapia pode ajudar nestas situações, levando ao auto-conhecimento, percepção destes mecanismos e fortalecimento do ego. Proporcionando autonomia e conseqüentemente, escolhas.



                                                                                                                         Por: Cristina S. Souza
                                                                                                                                Psicóloga

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sobre Hipnose





Hipnose

Infelizmente a televisão não se cansa de deturpar e ridicularizar uma ferramenta que pode ser muito útil no tratamento psíquico de um paciente, a Hipnose.

Os sensacionalismos que fazem contribuem para que as pessoas vejam a hipnose com julgamentos e ridicularizações, perdendo assim a confiança nesta que poderia ser a solução para muitos problemas.

O Conselho Regional de Psicologia, o de Medicina e de Odontologia reconhece a Hipnose de Milton 
Erickson permitindo assim que profissionais destas áreas a utilizem como ferramenta e técnica de tratamento.

Se os Conselhos reconhecem é o indicio que este tipo de tratamento é confiável e eficaz.

Portanto é preciso verificar se na formação do profissional consta esta especialização, ou pode-se cair nas mãos destes sensacionalistas.

Falando sobre a hipnose

A hipnose é uma ferramenta desenvolvida pela percepção de um Psiquiatra, Milton Erickson, sua principal característica é o cuidado que o profissional tem com o paciente.

A hipnose é um fenômeno natural, nada há de sensacional no processo. Em muitos momentos de nossas vidas estamos em hipnose e nem percebemos. Exemplos de alguns fenômenos hipnóticos natural:

Transe: Quando estamos no cinema, focado no filme, não percebemos nada do que acontece em volta.

Expansão de tempo: Quando estamos na fila de um banco, 5 minutos parecem meia hora. Esperando a água ferver, parece que nunca ferve.

Diminuição de tempo: O tão esperado final de semana dos usuários do face book, passa rápido demais.

Analgesia: diminuição da dor. (aconselhável para doenças crônicas). Quando sentimos uma dor de dente e focamos em outras atividades, temos a sensação que a dor passa, quando lembramo-nos,  volta com intensidade.

Anestesia: utilizado por dentistas e em alguns casos de cirurgias. Quando ficamos muito tempo sentados em cima da perna, ela adormece.

Todos estes são fenômenos naturais de hipnose, transe e foco de atenção. O profissional aprende a usar estas ferramentas para tratar traumas, crenças, fatos que impedem o individuo de ter uma vida saudável.

Durante o processo de tratamento de hipnose o paciente fica consciente de tudo que acontece. Se o paciente estiver em transe e alguém bater à porta, ele escuta perfeitamente. Se passar um avião, ouve. 
O Profissional aprende habilidades para utilizar estes imprevistos indesejáveis no processo. Uma vez que o hipnotizado está consciente de tudo à sua volta.


Hipnose não é Terapia de Vidas Passadas

A hipnose é muito confundida com TVP, mas são duas situações diferentes, a hipnose une as técnicas com os valores e crenças do paciente para conduzi-lo à solução do problema. Há a possibilidade de regressão quando o paciente está em transe, até a vida intra uterina, onde há memórias mnêmicas, portanto se a crença do paciente é que seu problema está na vida passada, ele mesmo enquanto está em transe terá sensações e pensamentos que deduz ser de outra vida. Quem não acredita em outras vidas, dificilmente terá estas sensações.

A função do profissional não é trabalhar as crenças e sim levar, por meio de seus conhecimentos, o paciente a uma melhor qualidade de vida.

Se o interesse é por TVP, existem diversos profissionais que se especializam nesta área, mas não a hipnose de Milton Erickson.

Recomendações:

Medos, ansiedades, fobias, síndrome do pânico, crenças negativas, timidez, inseguranças, agressividade, passividade, dificuldades de relacionamentos, somatizações, traumas, registros de memórias impactantes, etc.

Em meu entendimento Programação Neuro Lingüística, Constelação Familiar e Homeostase quântica são formas de hipnose.



Se você se interessou no Espaço Crescer Psicologia temos Profissionais capacitadas para utilizar estas ferramentas. Informe-se.




                                                                                                                        Por:  Cristina S. Souza
                                                                                                                                   Psicóloga


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Inspiração... MUDE


Mude

Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais,
leia outros livros,
Viva outros romances!
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.
Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado,
outra marca de sabonete,
outro creme dental.
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de bolsa,
de carteira,
de malas.
Troque de carro.
Compre novos óculos,
escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
Arrume um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.

Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda!
Edson Marques

Para que mudar?




Mudanças são necessárias para nossa evolução, nosso progresso em vários âmbitos da vida. Mas o ser humano tem uma tendência a resistir a elas.
Quantas vezes ouvimos as pessoas reclamando da vida, mas quando uma mudança é sugerida, são cessadas as reclamações e tudo fica como está, afinal está ruim, mas já é conhecido, é seguro, já se sabe como lidar.
Há uma paralisia de ideias e comportamentos diante da possibilidade de lidar com o desconhecido que parece gerar insegurança, medo e desconfiança.
Algumas frases comuns e algumas expressões que são ditas com frequência quando surgem as propostas de mudanças.Veja se você mesmo não as tem falado constantemente:
  • Sempre fiz assim e sempre deu certo, por que mudar?
  • Isto é loucura;
  • Está tudo tão bem, para que mudar?
  • Isto não vai dar certo;
  • Não se mexe em time que está ganhando;
  • Preciso de um tempo para ver isto;
  • Francamente eu não sei se vale a pena;
  • Eu já estou acostumada a fazer e ser assim;
  • Eu nasci assim e sou assim, quem quiser vai ter que me aceitar do jeito que eu sou. ( síndrome da Gabriela)

São diversos os fatores que levam as pessoas a se portarem dessa forma: comodismo, medo do novo, medo do desconhecido, receio de perder o poder, o prestígio e a admiração; medo de sofrer, receio de não se sentir mais aceito pelas pessoas que ama, e o desconhecimento das vantagens e desvantagens das mudanças.
Uma coisa é certa, quando não efetuamos mudanças por iniciativa própria, vem a vida, e nos obriga a mudar. Às vezes de forma positiva, nos trazendo novas possibilidades. E outras vezes de forma dolorida, por meio de situações difíceis: perdas, doenças, acidentes, impossibilidades; mas tudo para ser aceito e transformado em oportunidades de sermos indivíduos melhores.
É preciso evoluir, ficar em constante progresso e em sintonia com as mudanças.
Diante das dificuldades pergunte-se sempre : O que eu preciso aprender nessa situação? O que é preciso mudar? E lembre-se sempre há tempo de re-começar e de fazer diferente, por isso não pare, CONTINUE A REMAR..mesmo que seja contra a maré!


Márcia Cortez
Psicóloga



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Carta de um idoso com Alzheimer ao seu cuidador


“Prezado Cuidador,
Lembre-se de que sou uma pessoa consciente, portadora de uma doença que compromete minha memória, minha linguagem e meu raciocínio. Por isso, ajude-me a aceitar a demência sem revolta e infelicidade. Não perca a paciência se eu pedir a mesma coisa por mais de uma vez. É a única maneira que tenho de dizer que eu não lembro o que falei antes.
Eu não sou deliberadamente teimoso, mau, ingrato ou desconfiado. A deterioração do meu cerébro faz com que eu me comporte diferente do que eu gostaria. Se eu tivesse um braço quebrado, você com certeza não ficaria irritado comigo por estar impossibilitado de fazer certas coisas, não é mesmo? Mas eu tenho um cérebro que está a cada dia se deteriorando. Então, não me culpe pelos efeitos que a doença de Alzheimer tem em minha habilidade de executar certas tarefas.
Eu não esqueço a finalidade de magoar, irritar, embaraçar ou confundir. A doença me faz confuso e desorientado. Nove de dez vezes você está certo em me lembrar de algo, vá em frente; por mais que eu demonstre constrangimento ou me aborreça. Eu sei que preciso que me lembrem de tudo.
Não tire todas as responsabilidades de mim. Eu estou vivo e quero estar incluído na sua vida e nas decisões que têm de ser tomadas. Não desista de mim. Me estimule sempre. Não solucione todos os meus obstáculos. Isto somente me faz perder os respeito por mim mesmo e por você. Não me repreenda ou discuta comigo. Isso pode fazer você se sentir melhor, mas só piora as coisas para mim; eu me reprimo mais e me afasto mais das pessoas com receio de errar sempre.
Não tenha vergonha de mim, não me esconda em casa. Leve-me para passear, ver o sol nascer, o jardim florido, as crianças na praça… eu posso até não entender o que estou fazendo nos lugares, mas com certeza SINTO. Com certeza, eu vejo a beleza do mundo que me cerca. Olhe-me nos olhos quando for falar comigo. Transmita-me paz e serenidade. Não fale de mim como seu eu não estivesse ali. Mantenha minha dignidade.
Não zombe de mim quando eu fizer minhas confissões; quando eu confundir os nomes dos filhos, do cônjuge, dos netos, o local onde estou, quando eu me perder dentro de minha própria casa. Lembre-se que eu preciso de ajuda e compreensão. Por isso, conheça a doença para poder entender o que eu passo e sinto.
Você poderá se sentir sozinho quando a doença avançar, mas saiba que não foi minha escolha ter demência. Por isso, não me abandone. A natureza da minha doença me faz mudar de personalidade. Quando estivermos reunidos e sem querer faça minhas necessidades fisiológicas, não fique com vergonha e compreenda que não tive culpa, pois já não posso controlá-las.
Não me reprima quando não quero tomar banho; não me chame a atenção por isto. Quando minhas pernas falharem para andar, dê-me sua mão terna para me apoiar. Não tenha vergonha, nem preconceito de mim. Afinal, eu não escolhi ter Alzheimer. Não fuja da realidade: eu tenho uma doença maligna. Não chore por mim, nem se deprima por ter que conviver com um demente. Não se sinta triste, enjoado ou impotente por me ver assim. Dê-me em seu coração, compreenda-me e me apóie.
Por último, quando algum dia me ouvir dizer que já não quero viver e só quero morrer, estiver em fase terminal e vegetal, não se enfades. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com seu carinho ou o quanto te amei. Trate de compreender que já não vivo, senão sobrevivo, e isto não é viver.”

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Pai você é meu HERÒI... meu bandido


Pai você é meu HERÓI...
                         meu Bandido.


Penso em Pai com muito amor e saudade, até então o meu Pai só foi Herói.

   Mas quero deixar aqui reflexões sobre Pai. E falar de Pai é falar de herói e bandido, mesmo que em um sentido amoroso.
   
   Pai é homem e como homem tem algumas características peculiares. Características estas que às vezes deixam a desejar para os filhos, que por sua vez são um poço sem fim de carência.

   Pai é: racional, objetivo e focado; comportamentos que, muitas vezes são traduzidos pelos filhos, como frio e indiferente.

   Sendo assim: por um lado temos um Pai focado no trabalho, com objetivos de manter a família e pensando em tudo de forma muito racional; por outro lado temos filhos carentes, ansiosos e desejosos de ser visto e admirado por este Pai.

   Por estas e outras  o Pai se torna  Herói e Bandido.

   Mas na verdade, você Pai é sim amado por seu filho.

   Sua presença é importante e fundamental  na concepção, gestação, na formação da identidade, da personalidade e na vida dele .

   O seu filho é parte sua e este relacionamento, que às vezes pode ser conflituoso é baseado em um grande amor repleto de admiração e encantamento.

   Então pode sim se sentir....

   Inflar seu ego de pai, crescer, se orgulhar porque você é Pai e ser Pai é ser o Herói na vida de alguém, ser pai é ser cuidador de alguém, é ser o tudo, para o seu filho.

   Bandido... vai ser sim, quando fala um “não” quando coloca regras e as faz prevalecer, e quando impõe limites; mas um dia ele, o filho, vai crescer, olhar para traz e perceber que nos momentos em que você parecia “bandido”, na verdade era ali que você estava sendo o verdadeiro Herói.

SUPER HOMEM, HOMEM DE FERRO, HOMEM INVISÍVEL, SUPER INCRIVEL,
HOMEM ARANHA...

   O que salva, protege, cuida
                                                  Pode se sentir....... Pai

   E para o filho: ame seu Pai, seja mais complacente, olhe em seus olhos, perceba suas necessidades, de-lhe um sorriso e um pouquinho de atenção, conte para ele que você o ama.

   Abrace-o e beije-o. Antes que seja tarde.

A todos: Pai e filho 


UM  FELIZ  DIA  DOS  PAIS!



Uma homenagem do Espaço Crescer Psicologia



                                                                                                                                                                                                           Por: Cristina S. Souza - Psicóloga




quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Luto


Luto


Perder uma pessoa muito querida é o mais difícil na vida de um ser humano. Ver partir aquele (a) que parece ser um pedaço de você é uma dor muito profunda, é uma dor dilacerante. Como se rasgasse sua pele sem anestesia. E esta dor dura... dura.... e dura.
Permanece por muito tempo, por toda a existência.
Quem já fez uma cirurgia ou um corte muito profundo ficou com uma cicatriz; costumo comparar a dor do luto com esta cicatriz, a dor da cirurgia ou corte vai diminuindo e com o passar do tempo fica só a marca, mas sempre que você olha ou toca nesta marca, cicatriz, vai se lembrar da causa dela, vai sentir, vai doer. No luto é a mesma coisa, o tempo passa, a dor até diminui, mas nunca nos esquecemos, sempre haverá a marca desta dor horrível.
Sem contar que Junto à dor de perder soma-se a dor da saudade e algumas vezes a dor da culpa, gerando de uma tristeza muito grande até uma depressão.
Alguns conseguem lidar com mais facilidades e outros com mais dificuldades, depende das estruturas de ego. Alguns autores falam que o luto permanece por 1 a dois anos, mas acredito que ele fica para sempre, sendo assim creio que o luto tem seus picos de dificuldades maiores no período de um a dois anos.
No primeiro ano sem o ente querido as dificuldades são maiores porque precisamos superar a falta. Em datas comemorativas a dor se faz presente com mais intensidade que no cotidiano. Por este motivo calcula-se que a cicatrização começa após um ano. Após passar dia das mães, dos pais, páscoa, natal, entre outras datas.
Algumas pessoas levam até dois anos para começar sua cicatrização.
Outras levam muito mais tempo, dependendo do tipo de vinculo e das suas próprias estruturas de ego e seus recursos emocionais. Nestes casos um apoio psicológico se faz necessário.
Procurar entender sobre a morte, dar um significado espiritual para ela, lembrar de bons momentos vividos com a pessoa, ver fotos, falar sobre e chorar são formas de elaborar, ou seja, de acomodar, entender e aceitar o fato.
Voltar à vida, valorizar aqueles que estão por perto, dar novos significados são recursos que contribuem.
Lembro-me de uma jovem que após a morte de seu pai passou a não gostar de natal, pois passar o natal sem o pai era doloroso demais. Neste dia se isolava ou procurava por pessoas que não comemoravam a data. Após o nascimento do primeiro filho o natal passou a ter novo significado, o filho trouxe-lhe de volta a alegria e sentido de vida que tinha perdido. Este exemplo foi citado porque pode servir para percebermos que podemos seguir e é possível ser feliz mesmo faltando um pedacinho que se foi.
Eu acredito que, aquele que partiu, se pudesse escolher, escolheria ver quem ficou, bem.


                                                                                                     Por: Cristina S. Souza
                                                                                                            Psicóloga