terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Alienação Parental - Sofrimento da criança na separação dos pais





Na novela que é apresentada pela Rede Globo no horário das 21:00hs tem uma trama de um casal que se separou por uma suposta traição da mulher, o casal tem uma filha. Trata-se da personagem Antonia (Leticia Spiller), Celso (Caco Ciocler) e a filha Raissa (Kiria Malheiros).
O que chama a atenção é a forma que o autor vem conduzindo o relacionamento do casal com a criança.
É novela mas infelizmente na vida real é comum pais de forma egoísta pensar cada um em si e esquecer de cuidar e proteger a criança.
Na novela a mãe sai de casa levando a filha com uma autorização provisória de guarda.
O marido enfurecido pela suposta traição se irrita mais ainda quando percebe a fuga das duas e começa então em um processo de vingança. Entra com uma ação relatando que a mulher levou a filha embora sem avisar, consegue a guarda da filha e o juiz dá o direito à mãe de visitas quinzenais com acompanhante. Policiais retiram a menina da mãe de forma traumática, e em todo momento o pai fala que a mãe não os ama, não os quer e que não merece o amor deles (ele e a filha).
No dia de visita da mãe o pai leva a criança para viajar, prometendo diversão.

É possível perceber claramente o sofrimento da criança que independente de qualquer coisa ama a mãe tanto quanto ama o pai.
Sendo esta a realidade de muitas crianças cujo pais se separam e um dos pais, normalmente o que tem a guarda, tende a denegrir o outro genitor. Começa a mostrar defeitos que existem e as vezes defeitos que nem existem.
Utilizam falas como seu pai/mãe não te ama; ele(a) agora tem outra família; você não é importante para ele(a).
Também é comum em dias de visita do genitor(a) a família que tem a guarda inventar passeios e viagens encantadoras para manipular a criança.
Isso mesmo, manipular de forma cruel e algumas vezes o jogo da manipulação é sutil fazendo com que ninguém perceba.

O maior prejudicado em toda a história é a criança, pois um filho(a) tem um grande amor tanto pelo pai como pela mãe, sendo já,  um grande sofrimento viver separado de um deles, tendo que ver apenas de vez em quando, sente saudades e  dor por" perder" aquele(a) que se foi para morar em outro lugar.
Não bastando o sofrimento ainda tem que ouvir falarem mal deste que partiu. Alguns pais até fazem confidencias de suas dores e decepções para o(a) filho(a). Fazendo com que sua dor seja ainda maior.

Situações assim são frequentes e comuns a ponto de o poder público tomar algumas atitudes, criando leis  como:
_ Guarda compartilhada
_ Alienação Parental


Guarda compartilhada Lei11.698 artigo 1584 - II  (http://www.planalto.gov.br/)

 – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe.
Ou seja, todas as necessidades da criança devem ser definidas em comum acordo dos pais, ambos, mesmo separados, devem participar ativamente do cotidiano do filho.
Caso esta forma de guarda venha a ocorrer com problemas é então definido a guarda unilateral. No site citado é possível encontrar maiores informações.

Alienação Parental Lei 12.318 artigo (http://www.planalto.gov.br
Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.

No caso do pai que denigre a mãe na novela é um caso claro de alienação parental.

As leis vieram para proteger, na medida do possível a parte mais fraca, o(a) filho(a).


Ao procurar ajuda psicológica em situações de separação, seja qualquer das partes, pai, mãe ou filho. é possível nas sessões, mesmo que individual, tratar as dores e as feridas da alma de cada um, fornecendo um equilíbrio emocional e evitando o jogo da manipulação e do egoismo. Evitando traumas e até doenças físicas somatizadas como câncer, síndrome do panico, etc. Comuns em crianças que passam por esta situação.

A separação nunca deveria  ser a saída, mas quando não há outra o melhor é o equilíbrio das emoções e que o foco principal dos adultos, pai, mãe, avós, tios seja promover segurança e confiança à criança, fornecendo a ela a opção de amar aos pais, sem ter que escolher ou defender um deles.

O objetivo deste artigo é levar os leitores a fazer uma reflexão, se tiver passando por situações semelhantes procure ajuda, se tiver algum conhecido oriente para ajuda-los. Não podemos nos calar e deixar crianças crescerem com dor e traumas desnecessários.



                                                    Por: Cristina S. Souza - Psicóloga

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Hora de tirar as fraldas do seu bebê? VejaaDica.




Porque devo usar o peniquinho com meu bebê?

Por volta de dois anos deve-se tirar as fraldas do bebê, pode ser um pouco antes, 1 ano e 8 meses a 2 anos e meio, a escolha do momento de começar a tirar a fralda deve ser escolhido de acordo com o tempo, sendo mais indicado no calor, pois a criança deverá ficar só de calcinha ou cuequinha.

Tirar as fraldas pode ser uma tarefa não muito fácil. Muitos xixis vazarão e escorrerão pela casa. É um momento que precisa de muita paciência e amor.

Sou a favor e super indico o uso do peniquinho, não o acento de vaso sanitário, mas sim o penico. Vamos entender porque:


O bebê fica dois anos com o bumbum protegido pela fralda, 24hs por dia. Quando se inicia a retirada da fralda fica um vazio muito grande, falta alguma coisa, gera desconforto e insegurança, ai você coloca a criança em uma privada que tem o buraco maior que a própria criança, mesmo com o assento acoplado ela sabe que tem um buraco enorme abaixo dela, gera medo e consequentemente dificulta a aprendizagem da criança.

o peniquinho além de ser pequeno, adequado ao tamanho da criança, é bem simpático, podendo fazer parte do rol de "amigos" do bebê assim como seus ursos, bonecos, chupetas, etc.

Lembro-me que quando minhas filhas fizeram um aninho já comprei o peniquinho, elas brincavam com ele como brincava com qualquer outro brinquedo. Quando chegou a idade de tirar as fraldas expliquei que o peniquinho agora só serviria para receber o xixi e o cocô e que não podia mais brincar com ele, ele iria ajudar a parar de usar as fraldas. Como estavam familiarizadas e amigas do peniquinho foi muito simples e fácil o processo.
Lembro também de uma priminha que tenho muito carinho, hoje com 8 anos, quando ia visita-la ela e a mãe estavam em sofrimento, ela não conseguia ir para o vaso sanitário e a mãe ficava nervosa, então comprei um lindo penico cor de rosa e levei pra ela, conversei, expliquei como deveria usar e em uma semana a menina já não fazia mais as necessidades na calcinha. Até hoje ela tem o peniquinho rs.

Fica a dica.

Se você não tem bebês indique para amigas e conhecidos que tenham e vamos colaborar para uma geração com um trauma a menos na vida. :)



                                          Por: Cristina S. Souza - Psicóloga


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Cinquenta tons de cinza - Uma reflexão



                        

Comecei a ler o primeiro livro da trilogia, Cinquenta tons de cinza, antes de iniciar estava comprometida com a faculdade, trabalhos e estudos e me recusei a iniciar uma leitura, que segundo alguns comentários seria viciante.
Mesmo antes de ler me questionava: O que será que tem de tão bom neste livro que tem mobilizado, principalmente o público feminino? Alguns comentários como viciante, mulheres de 40 estão "pirando", amando o livro e até comentários de que o livro é horrível. Vejo o livro circular nas mãos de pessoas nas ruas, nos ônibus, nos salões, nos shoppings. 
Enfim iniciei a leitura e minha intensão não é fazer critica, não é exaltar e muito menos denegrir o livro, quero fazer uma reflexão sobre esta febre que está envolvendo os leitores. Respeito escolhas e gostos, cada um é diferente do outro, portanto se não se discute religião, politica e futebol como diz o dito popular, também não se discute gosto. Amo esta diversidade que tem a humanidade.

Sobre o livro

Trata-se de um romance, que tem sido um dos mais lidos, ao meu ver, é uma re-edição mais requintada, elaborada dos romances "Julia, Sabrina, Bianca", quem não se lembra? Romances que vendiam e ainda vendem em bancas de jornal, com preço popular, histórias picantes, amores impossíveis, homens milionários, poderosos e lindos que conquistavam e dominavam pelo poder e pela paixão mocinhas ingenuas, indefesas e frágeis. 
Cinquenta tons de cinza é diferente? Não, é igualzinho. Muda alguma coisa? Sim, três coisas:
- Capa- mais requintada, bonita, bem elaborada, provavelmente por profissionais do Marketing. 
- Tamanho da história- acrescenta-se muitos dias detalhados ao casal em questão, tornando assim o livro com várias páginas, em sua maioria cenas picantes.
- Conteúdo: masoquismo;  o que antes era retratado nos romances como beijo, relação sexual, amor proibido,  hoje é natural, vivido por meninas na mais tenra idade, sendo assim, o livro é apimentado com cenas de sado-masoquismo, atiçando a curiosidade e estimulando a leitura. 


                                                
Mulheres de 40

Maior público de leitoras, hoje a mulher com idade por volta dos 40 anos, na década de 80 estava na adolescência, época em que os romances faziam sucesso. Ler este romance é como regredir a uma época, voltar a sensações vividas na adolescência. Podendo ser um dos motivos que  levam ao sucesso do livro.

Bom ou ruim?

Para algumas pessoas o livro é maravilhoso, para outros apimentou o casamento, comentários como literatura ruim também já ouvi, pornográfico, péssimo, excelente.... enfim cada pessoa é unica e a leitura deste livro terá um impacto diferente em cada um. Sorte da autora que fez sucesso, bom para aqueles que fizeram e fazem um bom proveito.
Se indico? Se tem curiosidade veja, se não, não.

O importante é que a opinião de cada um seja respeitada, não só a respeito do 50 tons de cinza, mas a respeito de tudo. Cada pessoa é unica, tem uma história de vida e uma personalidade também unica. Cada opinião, gosto, escolha como time, roupa, cor, estilo de música, religião, leituras, etc. faz parte de toda uma história, de toda uma descendência, crenças e valores dos quais ninguém tem o direito de criticar e muito menos querer mudar por mudar. Respeito acima de tudo.


Afinal o direito de um termina quando começa o do outro.




                                                                                                         Por: Cristina Silva Souza - Psicóloga