Passei o sábado inteiro preparando um trabalho e o domingo
pensando e analisando uma monografia. É cansativo, a mente reclama, o corpo
sente, sem contar a família.
Outro dia fui em uma palestra e no mesmo dia precisei deixar
o carro na funilaria, peguei um ônibus que levou 1:30hs Para chegar ao local
onde pagaria um outro ônibus para o destino, trajeto que de carro faria em 40
min. No máximo. De volta cheguei em casa mais de 1:30hs da madrugada, mas não
foram obstáculos para eu ver e aprender o que o palestrante tinha para me
ensinar.
Estas situações me fizeram refletir sobre alguns comentários
que ouvimos como:
_ Tem sorte.
_ É rica (o).
_ Dependo de Deus.
_ Nasceu com uma estrela na testa.
Sorte? Não, nada com a sorte; dedicação, empenho, atitude,
são comportamentos que nos levam a conquistar o que desejamos, seja um emprego, um objeto, ser algo, seja o que for, para alcançarmos precisamos
agir, buscar, ter conhecimentos, discernimentos, foco, etc. E ai as coisas
acontecem. É fácil? Claro que não, exatamente por esse motivo que alguns vão e
outros ficam. Ficam reclamando, desejando e esperando.
Para conquistar precisamos, com licença da palavra, praticar
TBC (tirar a bunda da cadeira). Enquanto não se pratica, as coisas não acontecem,
e aquele que pratica vai e faz, vai e realiza.
É rico(a)? Quem tem, carro, casa, viagens, bens, dinheiro, de certo muito trabalha para isso. A
menos que tenha herdado, o caminho para as conquistas não é fácil, precisa
abrir mão de finais de semana, até mesmo de acompanhar o crescimento de filhos,
dar prioridades para umas coisas em lugar de outras, e no final, somando-se
conhecimentos, atitudes, ações, escolhas, etc. os resultados podem sim, ser uma
vida financeira mais confortável, o famoso rico.
Dependo de Deus? Claro todos nós dependemos, isso é fato e
não precisamos ficar falando toda hora já que é fato. O problema que enquanto
uns ficam falando que depende de Deus também ficam sem praticar o TBC, se
depende de Deus não depende dele(a) mesmo (a). Para aqueles que depender de Deus é um
fato e não precisa ficar repetindo toda hora, o que faz? TBC, sim, vai em busca
de realizar seus sonhos, metas e objetivos e vai com a certeza que Deus está lá
em cada passou que dá, em cada porta que se abre, porque isso é fato, mas
depende de ir.
Ninguém nasce com uma estrela na testa, ter sabedoria para
perceber aquele momento em que uma porta se abre e ter a coragem de adentrar a
porta que abriu antes que ela feche, ou perceber uma fresta em uma janela e ter
coragem de fazer esta fresta virar uma porta, para estes sim as coisas tendem a
dar certo, estrela não, coragem; coragem de assumir o novo, de enfrentar seus
medos e inseguranças, ter a coragem de ir.
O que chamam de estrela chamo de coragem, coragem de viver a
vida não é para todos. A vida não é fácil, não facilita em nada, mas quando
vencemos e alcançamos nossas metas e objetivos o gosto da vitória é doce. E não
para por ai, enquanto saboreamos uma vitória já vislumbramos outra, porque o
combustível da vida são as metas, sonhos e objetivos.
Quem não estes combustíveis costuma reclamar da vida, ver o
que o outro tem ou o que o outro é e deixa de viver a apropria vida, para,
estanca, mobiliza e nada acontece. Não cresce, não aparece.
Sempre que olhar para o outro e pensar o que ele tem que
você não tem, lembre-se que provavelmente ele trilhou um caminho, que não foi
fácil, para chegar onde está. Que pode ter aberto mão de coisas que você
possivelmente não abriria.
Tenho o relato de uma pessoa que emagreceu e que para isso
abriu mão de ficar vendo televisão das 20 às 22hs e neste período está na
academia, quantos abriria mão de assistir a novelinha da 9 para emagrecer?
Poucos.
Se você é aquele que pratica TBC e se realiza com suas
vitórias, parabéns!!! Sua vida tem sentido, você é portador de flexibilidade,
força, determinação e muitas outras características que provocam no outro....
desconfortos.
O problema não é ser ou não ser, ter ou não ter. O problema
é estar em uma situação por escolha e criticar o outro pelas suas escolhas,
sendo assim a dica é que cuidemos mais de nossas vidas e menos da do outro, que
possamos investir em auto-conhecimentos para evitar estes "desconfortos" que nos
surgem ao olhar o outro em suas vidas.
Por: Cristina S. Souza