sábado, 13 de junho de 2015

Parando para pensar: Fiz a melhor escolha? Você Fez?

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Às vezes me pego a pensar se fiz o caminho certo, se fiz o melhor caminho, as melhores escolhas.




Fazer uma retrospectiva ou lembrar de alguns anos passados me levam a essas questões. A frase "se eu tivesse a idade de um jovem com a cabeça que tenho hoje" faz muito sentido quando estamos na idade da maturidade,
Nos deparamos com uma infinidade de possibilidades, com escolhas, oportunidades e sempre estamos diante de momentos decisivos. E os resultados dependem das escolhas, mas nunca sabemos deles, resultados, sem antes vive-los.
Algumas vezes nem temos escolha, a vida vai dando o rumo e vamos deixando-nos levar.

Quando bem jovem, 14 anos, idade em que iniciei a vida profissional, relacionamentos, descobertas, etc. idade em que saí mesmo da infância, não tinha como hoje uma clareza: o que quero pra mim? O que será melhor? Como quero estar daqui a alguns anos. Quanto quero ganhar, que tipo de marido quero ter, onde quero morar, nada disso era pensado e traçado.

Tinha muitos sonhos e eles se contradiziam, alguns não davam para caminharem juntos e por falta de discernimento fui sendo levada. Por exemplo: queria casar e ser mãe ao mesmo tempo que queria ter uma profissão que me permitisse viajar muito. (para algumas pessoas essa junção é perfeitamente cabível, mas para mim, olhando hoje, seria sofrida).

Alguns sonhos defini como metas,  a escolha da minha profissão foi minha maior meta, tive que ser muito persistente para realiza-la. Mas as demais coisas simplesmente fui vivendo.

Sim, eu gostaria de ter ao menos um pouco da "cabeça" que tenho hoje; saber avaliar melhor sobre minhas escolhas e meus caminhos. Mas cheguei até aqui. Entre amores e dissabores, quero crer que com saldo positivo.

E agora?


Resultado de imagem para duvidasA vida ainda não acabou, e sempre nos deparamos com novas possibilidades, novas oportunidades e novos caminhos. Nos deparamos com o desejo de jogar tudo para o alto e ao mesmo tempo permanecer. Caminhos opostos, caminhos novos e até aqueles nunca imaginados. E Agora? Porque a cabeça já é outra, dá pra pensar e tomar decisões com a maturidade. Mas acabamos por escolher deixar a vida nos levar. E apenas em uma ou outra situação é que pensamos, pesamos e analisamos antes da escolha. 

É mais fácil assim, fazer escolhas envolve outras pessoas e precisa de coragem... então nossa escolha no geral é: DEIXA A VIDA ME LEVAR e uma ou outra vez fingimos que escolhemos. 

Talvez sejamos covardes, pensamos no outro e não em nós e  ficamos nos devaneios: Como seria se eu tivesse feito outras escolhas? 

O importante é que agora temos a maturidade, as oportunidades, as possibilidades e é só escolher o melhor caminho. 
Seja qual for o caminho virá repleto de flores e espinhos, então talvez o compositor esteja repleto de razão: DEIXA A VIDA ME LEVAR. 


Por Cristina S. Souza
Psicóloga Clinica







sexta-feira, 12 de junho de 2015

Dia dos namorados - reflexões


Hoje é um dia especial para algumas pessoas e triste para outras.


Muitos casais que estão juntos, há anos, e não estão felizes.
Quantas expectativas criam as mulheres de ver transformações em seu relacionamento e se frustram.
Quantos homens não entendem o que acontece, não sabem ser diferente ou não quer ser diferente.




                       

                      Cada item acima daria um extenso artigo mas vou fazer uma proposta:
Tenho uma pessoa querida que fala: "A vida não é um filminho de Hollywood".

Como hoje é dia dos namorados, minha proposta é de não criarmos expectativas, não esperar o que o outro não pode dar, não ficar triste porque não vivi uma histórinha de Hollywood.

Minha proposta é de fazer uma retrospectiva, sejam vocês casados, noivos ou namorados:
                        

  • Inicio do namoro: como se conheceram, os primeiros momentos, as primeiras emoções, os primeiros passeios, etc.
  • Imagens: veja fotos, filmes, cartões, mensagens...
  • Sonhos: quais eram seus planos? Sonhos? Metas?
Tenho certeza que muitas coisas boas e construtivas aconteceram nesta relação, Muito amor, sorrisos, brincadeiras e esperanças. Mas temos a tendência ao negativo e vamos acumulando ressentimentos, mágoas, raivas e destruindo a relação.

Vamos mudar isso hoje? Após esta retrospectiva, ao invés de esperar um milagre: o parceiro chegar com flores ou a parceira colocar uma lingerie provocante, porque não firmarem um acordo:

VAMOS RECOMEÇAR

Passeios a sós: cinema, jantares, viagens, parque .... resgatar tudo que tiveram no inicio
Demonstração: bilhetinhos. beijinhos, mensagens de afeto.
Realidade: um elogio por dia de um para o outro.
DIÁLOGO: muita conversa, muitos diálogos, falar o que sente, o que pensa, o que espera....
Responsabilidade: cada um assume a sua parte da responsabilidade.

Ficam aqui as sugestões e ACREDITO vale a pena acreditar e investir no relacionamento. Vale a pena AMAR e SER FELIZ!!!

Com a experiência que tenho tanto na vida pessoal como na profissional, posso afirmar com propriedade: É Possível, basta que os dois queiram.


Sejam FELIZES!!!! e para os que têm filhos: eles agradecerão.






Por: Cristina S. Souza

Indicação de Livros:

Filmes:


terça-feira, 9 de junho de 2015

Crianças? Quem se responsabiliza?

Coloquei uma foto contendo alguns bebês na minha pagina de Facebook, uma amiga fez o seguinte comentário: "Que crianças maravilhosas!!! Espero que sejam pessoas felizes ao longo da vida". 

Uma linda frase e um lindo desejo, portanto esta frase me tocou. Logo me veio a seguinte pergunta:

"OS PAIS SABEM QUE A MAIOR PARTE DA RESPONSABILIDADE DOS FILHOS SEREM PESSOAS FELIZES AO LONGO DA VIDA, É DELES?"

É comum perceber nos adultos inseguranças, baixa auto-estima, medos, raivas, mágoas, etc. e na grande maioria sentimentos negativos que se construíram na relação com os pais. Sei e até defendo que somos o que fizemos com o que recebemos e principalmente que "foi como foi". 

Mas minha questão não é com os adultos que já têm suas marcas, meu grito é para chamar a atenção para aqueles cujo filhos ainda são crianças. 

Resultado de imagem para criançasA criança, seus filhos, sobrinhos, afilhados, priminhos, vizinhos... precisam de um ambiente seguro para viver. E um ambiente seguro não trata de paredes de alvenarias, câmeras de segurança, muros altos; trata de acolhimento, olhar, atenção, CALMA, limites, entre outros. Um ambiente que forneça segurança emocional, e não falo de amor pois todos amam seus filhos mas de forma inconsciente e por não saber fazer diferente, maltratam de alguma forma. 

E é para esses que não têm consciência do estrago que podem fazer que escrevo.

Criança da trabalho sim, mas se tiver em um ambiente calmo, sem brigas, sem gritos, sem ameaças, ela tende a ser calma também. 

Eles, os pequenos, nada mais são que o reflexo do ambiente em que vivem. 
Pais calmos = filhos calmos
Pais nervosos = filhos nervosos
Pais que ameaçam = filhos que ameaçam
e assim vai....

Uma criança é algo muito precioso. E é do adulto que depende a sua integridade física, emocional e moral. É o adulto quem deve zelar, cuidar, proteger e educar. 

Resultado de imagem para crianças tristeAlgumas situações que devem ser evitadas:

Gritar com a criança: _ AGORA ESTOU OCUPADA, NÃO ESTÁ VENDO??? (não ela não está, ela precisa de algo, ela precisa de você)

Ameaçar: _ Se você não me obedecer vou dar a sua boneca para sua prima. (a ameaça não traz solução, desenvolve sentimentos de tristeza, perda e culpa)

Culpar: _ Por sua culpa estou atrasada com o almoço. (se você se organizar conseguira cumprir as tarefas mesmo tendo que cuidar de uma criança e caso não consiga, qual o mais importante na sua vida? uma louça lavada ou a criança?)

Delegar: _ Quando seu pai chegar vou falar pra ele e você vai ver... (ver o que? Ver que tem uma mãe que não consegue tomar as rédeas da situação e que depende do outro para resolver. Nestas situações a criança perde o respeito por um e desenvolve medo do outro) *pode ser mãe, pai, avós, babás...

Omissão: é mais fácil deixar a criança fazer o que quer do que falar não. Como por exemplo rasgar revistas da recepção de um consultório médico e o adulto que acompanha se omite, faz de conta que não vê. (o limite é extremamente necessário para o equílibrio emocional da criança)

Chantagem emocional: o adulto se faz de vitima por algum comportamento da criança, (estou triste por sua causa, porque você não me obedeceu).

Mentir: pedir para a criança ir buscar um brinquedo, por exemplo e enquanto ela se distrai o adulto sai, geralmente os pais, deixando-os com outro adulto. (explicar para a criança a sua necessidade de se ausentar e comunicar que ficará, pode causar choro mas a verdade sempre é acompanhada de segurança). 

Essas e outras situações vividas por seres pequenos, indefesos e inocentes geram marcas na mente,  mais tarde podem surtir sérias consequências, Situações provocadas por aqueles que deveriam cuidar e proteger.

E o mais triste é que as pessoas, adultos cuidadores, vão se perdendo e quanto mais se perdem mais resistem as possíveis ajudas. É comum pais trocarem os filhos de escola quando esta aponta as dificuldades dos filhos. É mais fácil achar que a escola é ruim que reconhecer precisar de uma ajuda profissional para contribuir para a educação dos filhos.

Não existe receita, isso é fato. Sendo assim não existe um jeito certo de cuidar e educar. Mas existem sinais, bastante evidentes de que as coisas estão em um caminho bom ou não. O problema é não perceber os sinais e os resultados: adultos frágeis.

Alguns possíveis sinais:

- dificuldades na escola (aprendizado ou relacionamentos)
- introversão
- agressão
- choro frequente
- dificuldades de comunicação
- irritabilidade
- desobediência

Fique atento. O seu pequeno depende de você e é sua responsabilidade. Procure ajuda se precisar. Leia livros, converse com amigos, participe de grupos cujo tema seja educação. Reconhecer que não é alto suficiente, já é um começo e os resultados podem ser: família feliz.



Por: Cristina S. Souza - Psicóloga Clinica

Indicações de livros:

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