sábado, 19 de dezembro de 2015

E a dor do Psicólogo onde colocar?

Ser psicóloga(o) clinico  é ter uma profissão maravilhosa. Ver pessoas que entra para o processo de psicoterapia na dor e no sofrimento e em algumas sessões consegue obter equilíbrio emocional e seguir a vida com conquistas é gratificante. 

Ouvir palavras como: "obrigada por ter entrado na minha vida"; "uma das melhores coisas que fiz este ano foi começar a terapia", entre outras falas; receber ligações de pessoas que querem iniciar o processo porque foi indicada por outro paciente, enfim muitas são as graças desta profissão. 

E muito se fala dela, nos dias atuais a moda é cursos, artigos e vídeos sobre marketing para psicólogos, de muita valia, pois somos leigos neste assunto e não é barato pagar acessoria. 
Outra questão que muito se discute é os altos e baixo financeiro, por ser autônomo e receber pelo que trabalha vivemos uma inconstância financeira que gera angústia e as vezes impotência na vida familiar e social. 

Mas o que trago para reflexão é: Onde fica a dor do Psicólogo?
Passei alguns momentos cruéis em que a minha alma dilacerava em dor e precisava estar lá, inteira para meu paciente. 
Quando entramos em sofrimento, seja lá qual for o motivo: perda de ente querido, separações, decepções, etc. entramos em um processo de luto no qual devemos lidar com algumas etapas como negação, raiva, aceitação, mas dependendo da causa do sofrimento isso é vivido com muita dor e lágrimas. 

Lembro-me do período em que meu pai estava doente, trabalhava como atendente de crédito em uma loja, começava a atender o cliente e lá vinham elas, as lágrimas desciam sem controle, até que meu chefe me transferiu para trabalhar com arquivos, lá em meio à papéis eu poderia chorar a vontade e chorava, o dia inteiro. 
Mas e agora? Não é porque sou psicóloga que as pessoas não morrem, que não tenho conflitos, decepções e dores na alma. 


O que fazer com esta dor? 

Como no trabalho que citei, não posso atender o cliente com lagrimas escorrendo pelo rosto. Também não posso deixar de atender porque estou com problemas pessoais. O que fazer?




Sim, não é uma questão muito simples. Quem é clinico sabe. E como nada pode ser fácil, normalmente recebemos clientes com questões muito parecidas com o que estamos vivendo. Se é perda de um ente querido, lá vem um paciente que está perdendo um. Se é problemas conjugais, lá vem um que está com sérios problemas nesta área, e assim é. Tanto que costumamos brincar dizendo: "cada um tem o paciente que merece ou que precisa".

Mas ainda fica a questão: o que fazer com a minha dor? Tenho conseguido sobreviver, são 13 anos de profissão e algumas grandes dores na alma nestes 13 anos.
Em alguns momentos tive a consideração por mim e pelo paciente e desmarquei a sessão. Em alguns momentos marcava horário para chorar, olhava a minha agenda, via o horário da janela e combinava com as minhas lágrimas que elas poderiam vir naqueles horários, e assim era, chorava 50min. parava, fazia uma maquiagem leve e pronta para o próximo paciente, repetia o processo sempre que possível. Uma amiga perguntava como conseguia, não sei, sei que conseguia. 

Deixar lá fora o que é pessoal, mesmo a dor é outro mecanismo, mas imprescindível é psicoterapia pessoal, cuidar do lado espiritual, amigos e família para ajudar a suportar e lidar com a dor. 

Vamos por parte:

- Deixar lá fora o que é pessoal: na faculdade aprendemos que devemos entrar para o atendimento despidos do que é nosso: história, problemas, crenças, valores, etc. com a dor na alma não é tão simples mas podemos nos esforçar e deixar la fora também a dor.
- Psicoterapia: todo psicólogo deve passar pelo processo sempre, sem interrupção, pois na nossa terapia pessoal é que resolvemos nossas questões, nossos conflitos e nossas dores. Não há outro caminho para nos estruturar como a psicoterapia e impedir de projetar no paciente nossos problemas ou entrar na contratransferência. 
- Espiritual: partindo do principio que somos bio=psico=social e espiritual, devemos sim cuidar da nossa parte espiritual, a fé acalma a alma e traz esperança, sendo um caminho para o equilíbrio emocional.
- Amigos: conversar com os amigos sempre nos alivia a alma, o carinho e amor que recebemos deles pode nos ajudar nestes momentos de dor.
- Contar com a família: pedir ajuda, conversar, tentar entender, estar junto,  nos ajuda a reforçar os recursos, afinal a família é nossa fonte de vida. 


Houve uma situação em que estava com dor na alma e não queria chorar por minha dor, vindo do consultório passei na locadora (alguns talvez nem saiba o que é isso rs) e fui para a sessão de dramas, pois queria chorar pelo outro e não por mim. Escolhi o filme  "o quarto do filho", não tive a brilhante ideia de ler a sinopse, só peguei e levei. Minhas dores naquele dia eram problemas em casa, com a família. E o bendito filme: um psiquiatra que era workaholics e não tinha tempo para a família, imagina eu naqueles tempos que trabalhava de segunda a sábado, saia de casa as 7hs e voltava as 22hs. E o psiquiatra por muita insistência do filho aceitou ir mergulhar com ele. Na hora em que iam sair um cliente liga pedindo socorro, estava prestes a cometer suicídio e ele deixa o filho e vai socorrer o cliente, o filho sofre um acidente no mergulho e morre. Nunca vi um filme tão cruel, para mim, naquele momento que estava seguindo um caminho similar. 

Esta é uma parte não muito fácil desta linda e encantadora profissão, mas superadas as dores da alma e lembrando que a própria profissão oferece recursos para nos fortalecer com suas teorias, significados e imensidão de possibilidades, assim como oferecemos àqueles que nos procuram, conseguimos nos cuidar também usufruindo dela. 

Sei que amo minha profissão e quando vir outra dor na alma saberei lidar como nas vezes anteriores. 

Se você é Psicólogo(a) e quer discutir sobre este tema,  ainda não passou pela experiência ou está passando, coloco-me a disposição para discussões.


Hoje com alma leve consigo olhar para este assunto.

Por Cristina S. Souza - Psicóloga Clinica 


domingo, 16 de agosto de 2015

Constelação Familiar para todos

Durante a semana publiquei um artigo que causou discussão. Muitos colegas me apoiaram e dizem concordar com minha visão e outros me condenaram, alguns tentaram me convencer a mudar minha visão. O artigo é esse: Constelação Familiar o que vocês querem fazer com ela?

A Constelação Familiar é descrita em diversos livros pelo Alemão Bert Hellinger, um método de terapia, como ele mesmo fala; que nos permite  olhar além do individuo e suas projeções.
No atendimento psicológico o paciente/cliente traz para sua terapia um mundo pelo qual consegue enxergar com seus olhos, sentimentos e percepções. Fato que em algumas situações limita as mudanças e transformações. A Constelação permite um olhar Sistêmico, que vai além do individuo, gerando informações, percepções e mudanças. 

Perceber que por amor, ficamos presos e emaranhados em nosso sistema familiar, ou seja, em nossos pais, avós, bisavós etc. foi a grande sacada de Bert hellinger. Perceber que um sistema que é emaranhado está em desordem e que é possível colocar uma devida ordem foi a grande descoberta. 

Família todos nós temos, todos nascemos em  um sistema formado por  pai, mãe, irmãos, avós, etc. Portanto TODOS estão sujeitos a se envolver em emaranhados deste sistema ao qual pertence. 

O que me incomodou foi ver o Mestre falar que tudo que já foi visto de Constelação não vale nada e Sophie falar que os movimentos que ocorrem são movimentos espiritas e de vidas passadas. 

Sabe-se que os movimentos se dão por campo mórfico explicado por Rupert Sheldrake, e movimentos que ocorrem por física quântica.  

Espiritismo x espiritualidade

Sim... somos seres BIO-PSICO-SOCIAL E ESPIRITUAL.
Muitos me questionaram e desafiaram tentando convencer-me que vidas passadas é um fato.
Ao meu entendimento. quando olho movimentos do espirito olho e respeito as crenças de cada cliente. 
Imaginando uma cena comum nas constelações: alguém vai embora muito cedo, uma mãe ou um filho vem a óbito, para aquele que fica não é fácil aceitar e passar toda uma vida carregando sentimento negativos por esta morte. Na constelação, colocar um representante para algo maior, faz com que o cliente olhe para este representante e dentro da sua crença elabora seus sentimentos, por meio de suas projeções.- isto é espiritual. 
Se eu falar algo com conotação espirita, vou ferir o cliente se este tem outra fé ou crença, que não seja espirita. - isto é espiritismo. 
Sendo assim tornar a Constelação uma ferramenta espirita, é o mesmo que excluir todos aqueles que não tem esta crença. 

Conversando com um colega da área do Direito me acalmei, pois me lembrou que tudo que Bert Hellinger fez e disse está escrito, registrado em diversos livros e este é um legado que ninguém poderá nos tirar. Mesmo que o Mestre, hoje com seus quase 90 anos, mude de ideia, sua ideia original é o que vale para Psicologia, Direito, Medicina, Administração, etc. 

Psicologia x Religião

Sempre há polemicas quando se fala em conceitos religiosos e psicólogos. 
Psicólogo em sua atuação NÃO TEM RELIGIÃO. Sempre explico para aqueles que me procuram que dentro do meu consultório não tenho crenças, valores e julgamentos, estou ali a serviço para ouvi-lo em sua essência. E só assim, limpa do que é meu, consigo estar presente com o outro. Este é meu trabalho. 
Isso é tão sério que é pautado no código de ética do psicólogo. 
Art. 2o. Ao Psicólogo é vedado:
e) induzir a convicções politicas, filosóficas, morais ou RELIGIOSAS, quando do exercício de suas funções profissionais; 

Este é um dos motivos que mais levam os colegas Psicólogos à Juri, tentar induzir o paciente às suas crenças religiosas. Sei porque periodicamente recebemos uma revista do CRP que informa os casos que estão em processo.

Traduzindo, é dever do Psicólogo respeitar as crenças de cada cliente e ajuda-lo a refletir e encontrar respostas se for uma questão de psicoterapia abordada pelo cliente dentro de suas crenças. 


Por Cristina S. Souza



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A vida manda respostas

Resultado de imagem para intuiçãoQuantas vezes nos vemos em momentos de dúvidas, incertezas e/ou insegurança diante de uma tomada de decisão ou escolha.

Até mesmo que roupa usar, para muitas pessoas é um dilema; o que e onde comer, que passeio fazer, etc. 

Mas o que incomoda mesmo são aqueles dilemas que podem fazer grande diferença em nossa vida, terminar ou não um relacionamento, este ou aquele emprego, fazer ou não determinadas escolhas são questões que podem nos perseguir e gerar ansiedades, medos, angustias e até desanimo ou para alguns depressão. 

Mas o cômico da situação é que a resposta pode estar ali, na sua frente. 

Você sabia que a "vida" manda respostas? *Vida(por vida alguns entendem que a resposta vem de Deus, outros do Universo,  de energias quânticas, etc.)

Mas o importante é que a resposta vem. 

Resultado de imagem para sinais da vidaO grande problema é que na maioria das vezes ela vem de forma tão sutil que não a enxergamos. Para isso é bom ficar muito atento ao movimento da "vida" ela está sempre a nosso favor.

Vamos imaginar que você recebeu duas proposta de trabalho irrecusáveis e entra em um dilema. E AGORA? Claro você vai conversar com amigos, família, pedir pra Deus, fazer uni-duni-te (lembra disso? rsrs), mas o melhor mesmo é o seu silêncio para poder ouvir a resposta, pois ela vem quase imperceptível e pode estar bem na sua frente. Pode vir em forma de uma palavra, de uma frase, de uma história, de um sonho, etc. e se você estiver atento irá perceber com clareza.

Algumas vezes a resposta vem gritante, até dói o ouvido de tão clara. Aqueles momentos em que queremos tomar uma decisão, postergamos e a vida a toma por nós.

Vamos pensar em outra situação: você vivi um relacionamento que tem vontade de terminar mas por algum motivo não o faz; a vida te mostra por vários ângulos que deve terminar, mas na verdade você não quer ouvir/ver/sentir o que ela quer te contar então decide continuar mesmo assim. Não há problema nenhum, desde que você reconheça que fez uma escolha e fique bem com ela apesar de. 


O fato é que as respostas vêm, acredite. Seja qual for o caminho que você escolhe para procurar, ela vem. 
Não importa se você busca por meio da religião, da intuição, da opinião, entre outros meios, o que importa é você ficar atento às respostas. 

Esta semana tive uma resposta, vinha há algumas semanas esperando-as e vieram por meio de duas mensagens de rede social. Pra mim ficou muito claro que mudança deveria fazer e já fiz. Por este motivo resolvi compartilhar escrevendo este artigo. 

Então: ATENÇÃO!!!



Por:  Cristina S. Souza - Psicóloga



terça-feira, 11 de agosto de 2015

Constelação Familiar - O que vocês querem fazer com ela?

Não estive no Congresso de Bert Hellinger mas pelo visto foi a melhor coisa que fiz. Infelizmente as Constelações estão tomando um rumo do qual não concordo e o próprio Mestre, antes de Sofhie, sua esposa, também não concordava.

Há anos atrás Freud observando comportamentos criou a Psicanálise, desenvolveu um olhar para o desenvolvimento humano que contribui até os dias atuais e durará para sempre; Conceitos como inconsciente, consciência, id, ego, super ego e complexo de Édipo além de mecanismos de defesa, entre outros conceitos que nos ajuda a compreender o psiquismo humano. 
Jung seu seguidor começou a ter um olhar diferenciado, suas idéias não batiam com o conservador Dr. Freud e como consequência provocou a separação dos dois mestres, portanto esta separação enriqueceu os caminhos daqueles que seguem as teorias até hoje; Jung contribuiu com conceitos que também são utilizados até os dias atuais: inconsciente coletivo, conceito de Individuação, animus e anima, o excelente trabalho relacionado com os mitos e alquimia. Mesmo que tenham cortado relações cada um com sua sabedoria desenvolveu seu trabalho em prol do outro com muita maestria e nos servem até os dias atuais.

Hoje temos o grande Bert Hellinger, que estudou Psicanálise, Hipnose de Milton Erickson, Filosofia, entre outras. Foi seminarista e ao meu ver a Constelação é um método que utiliza todo o seu conhecimento. Em seus livros defende que Constelação é um método: 

Bert Hellinger recebe em uma entrevista com a jornalista Gabriele Ten Hovel a seguinte pergunta:

"Porque o senhor não gosta de chamá-la de ritual?"

Ao que responde:

"O ritual tem um fundo religioso, as constelações familiares não. A solução talvez tenha algo a ver com um ritual. Mas o trabalho com constelações é apenas um método." (pg 67; Constelações Familiares; 2007) 

 e sobre o fenômeno diz  " Eu não sei como isso funciona, eu sei que funciona e eu utilizo". 

Portanto, assim como para Freud surgiu Jung, alguém surge na vida de Bert e vem com um olhar que muito nos distância da Ciência. * Com a diferença que Jung foi mais um braço da mesma ciência.

No ultimo Congresso em que participei, em 2013 percebi estas nuances espirituais que Sophie Hellinger tentou dar ao que chamavam de Constelação Medial, Bert já com sua idade avançada deixou que sua esposa levasse quase todo o tempo as Constelações e na época associei com Freud e Jung, com uma diferença gritante que a dupla de hoje é um casal e que não vão se separar e que como o próprio Bert Hellinger fala, a mulher tem sempre razão e num outro momento em seu libro A Simetria oculta do amor relata que a unica função do masculino é servir ao feminino.

Lamentável, pois hoje existe muitos movimentos para tornar a constelação uma ferramenta que possa atingir todas as áreas humanas, incluindo psicologia, direito, administração, entre outras. 

Conheço diversos facilitadores que misturam a Constelação com espiritismo e respeito, cada um com sua forma e com seu publico. Mas generalizar é lamentável pois isso tomará uma dimensão que para profissionais que têm como base a ciência, perderá crédito e consequentemente muitos deixarão de usufruir de um método de impressionante eficiência. 

Como psicóloga vejo claramente a ligação entre a teoria do Freud, do Jung e o Método de Constelação, vejo também influências da Hipnose de Milton Erickson, os movimentos que se dão pela física quântica e o campo mórfico explicado pelo biólogo Rupert Sheldrake. 

Me resta a esperança que estes movimentos cresçam e que sejam respeitados para que este método não perca sua verdadeira essência. E que todos, cada um no seu campo de trabalho e de crenças possa utilizar como melhor convir para si e para seus clientes. 


O que depender de mim para defender e trabalhar com o Método como um método e não como um meio espiritista, o farei, mas confesso, tenho medo que este movimento seja menor.


Nova Constelação ou Constelação Medial 

Este método pode ser bastante perigoso nas mãos de profissionais inábeis e para vida daqueles que vem pedir ajuda. Nesta forma de Constelar, o cliente não precisa falar nada, o facilitador coloca os representantes e as cenas acontecem. Sabe-se lá o quanto de crenças, projeções, intenções, etc. estes representantes carregam para o movimento que ao meu ver não traz informação e muito menos solução. Se hoje pessoas fazem cursos rápidos e já saem "constelando" por ai, imagine se virar uma coisa espiritista, nem curso precisará fazer. Lamentável.

Uma ferramenta apaixonante, encantadora e que traz resultados, eu já tive diversos retornos e resultados no sistema familiar (pais, avós, bisavós, tataravós, etc.) tanto na vida pessoal como na vida dos clientes que acompanho que foram realizadas na sua essência, aquela descoberta pelo mestre Bert Hellinger.


Veja também o Artigo Constelação Familiar para todos 

mais informações sobre Constelação Familiar: 
http://www.espacocrescerpsicologia.com/


Por Cristina S. Souza



quinta-feira, 30 de julho de 2015

Falta de Foco

Recebo inúmeras  reclamações de pessoas que relatam não ter organização e isso atrapalha na vida profissional e pessoal. 
Pessoas se perdem em seus afazeres, compromissos e até responsabilidades. Esquecem de cumprir tarefas importantes e se perdem provocando culpa, auto-cobrança e cobranças externas. 
Estes comportamentos vão crescendo e virando uma bola de neve, parecendo que não tem fim e nunca terá uma vida organizada e assim perde estimulo pra fazer qualquer movimento em direção a solução. 


Se identificou? Não você não é o(a) único(a). Acredito que com internet e redes sociais esse fenômeno piorou, pois perdemos muito tempo vendo linha do tempo dos amigos ou jogando conversas fora (não que não seja bom ou necessário) mas perder muito tempo com essas coisas contribuem para a desorganização e cumprimento dos compromissos. 

Também temos inúmeros papeis na vida: profissional, parceiros, pai/mãe, filho(a), amigo(a), estudante, etc. que nos tomam tempo e energia; sem contar com diversos sentimentos e sensações: angústias, medos, ansiedades, preguiça, vontade, sonhos, etc. Fatos estes que contribuem para nossa desorganização e consequentemente esquecimentos. 

Muitos associam com falta ou problemas na memória, necessariamente não é, pode ser acúmulos de tarefas e papeis associados à turbilhões de emoções. 



A SOLUÇÃO É SIMPLES

Muito simples, por pior que seja sua falta de foco, por mais desorganizado que seja, a solução está aqui: Resultado de imagem para papel e caneta

Isso mesmo, papel e caneta. Criar o hábito de escrever as tarefas que precisa cumprir é um método infalível. É uma programação mental e por isso eficiente.

Quando escrevemos nossas tarefas no papel tiramo-as da cabeça que já tem tantas outras informações e preocupações. Ao escrever vemos, ouvimos (pois mentalmente estamos repetindo o que escrevemos), tocamos e usamos todos os sentidos, programando o cérebro para realiza-las. 

É a melhor forma de organização. Se fizer uma lista de tarefas estará se programando para cumpri-la, na medida que vai realizando vai dando "ok" ou riscando, as que não conseguir cumprir para para a próxima lista e assim vai se organizando. 

Para aqueles que não têm controle financeiro e se perdem nas contas, as regras são as mesmas, com tantas preocupações pode-se esquecer de pagar uma conta ou até mesmo gastar o dinheiro com uma outra necessidade. Tendo as anotações em ordem fica mais fácil de ter o controle. 


Então vamos fazer a tarefa? 

Lista de material:
- papel
- caneta

Simples Assim!

Deixo aqui um exemplo das minhas listas diárias, elas fazem parte do meu cotidiano. 















Por: Cristina S. Souza - Psicóloga

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A importância dos amigos


Sabe-se que amigos são importantes. Embora essa necessidade pareça ser para crianças e adolescentes, engana-se quem pensa assim. Os adultos, homens, mulheres, casados ou não, também precisam dos amigos.

Quando nos casamos ou unimo-nos a um parceiro,  ouvimos a frase "agora dois são um" ou "vivem em uma só carne". Me pergunto: como duas pessoas podem ser uma só? Impossível. Uma pessoa pode até ser duas, três, várias, mas duas não podem ser uma.

Cada um tem sua identidade, personalidade, individualidade, etc. Portanto vê-se casais que acreditam mesmo que são um só,  um não faz nada sem que o outro esteja presente ou que o outro permita e concorde. Alguns nem pensam na possibilidade de fazer algo sem o outro e assim não sobra nenhum espaço para os amigos.

Alguns casais agem assim por acomodação, por costume e até por gostar da companhia um do outro, mas algumas pessoas fogem dos amigos por ciúme e/ou insegurança do outro.

Necessidade de ter amigos

Homens e mulheres têm característica diferentes. Por exemplo a mulher tem fama de falar demais, gostar de passear em shoppings, realizar compras, etc. já homens gostam de assistir futebol, ver filmes de ação, ficar centrado ou focado em uma atividade. Quando juntos, essas tarefas são difíceis de realizar e para faze-las alguém sempre abrirá mão de algo.

Essência: a mulher tem essência feminina, mas também tem uma parte de seu ser com essência masculina; sua parte masculina é aquela que a faz levantar para ir ao trabalho, ter atitude, foco, etc. No homem a parte feminina é aquela que o faz ser amoroso, carinhoso, criativo, etc.

Conviver com os amigos traz benefícios:

Quando a mulher está com as amigas pode falar ou melhor tagarelar a vontade, fazer fofocas, ver vitrines, fazer compras, enfim... coisas de meninas. E assim alimentar a essência feminina.

Quando o homem está com os amigos pode falar palavrões, ver esportes, fazer fofocas de homens, falar de mulheres (sim, porque não?), enfim... coisas de meninos. E assim alimentar a essência masculina.

E vão alimentando suas essências com os amigos. E quando se encontram, o casal, homem x mulher, macho x fêmea, se encontram inteiros.
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Depoimento:
Sei que não é fácil, vivi anos da minha vida tendo meu marido como TUDO, inclusive como amiga. Achava que ele me completava e era suficiente para minha vida. Até que fui participar de um encontro que trabalhava nas mulheres as energias femininas e nos homens as masculinas e lá aprendi que precisava ter amigas.
Mas não tinha, pelos anos isolada com o marido, filhas e família perdi todas. Foi um longo caminho até formar novas amizades. Hoje almoços, passeios, cafés e cinemas são rotineiros e o rol de amigas vêm aumentando.
Torço de verdade que o marido vá para academia, pescar, jogar e que faça também um circulo de amigos.

Assim ele não precisa ouvir minha "tagarelação" porque eu tenho as amigas para ouvir-me e eu não preciso ir pescar.

Ninguém é dono de ninguém, cada um tem sua própria individualidade e precisa dos momentos para alimentar esta individualidade. Respeitar-se e respeitar o(a) parceiro(a), em suas escolhas, também é um excelente alimento para o casamento.

Sem contar que amigos é tudo de bom: com eles rimos e choramos à vontade.



Por: Cristina S. Souza - Psicóloga

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Em tempos de Crise - Movimento


Estou observando e acompanhando algumas situações que me fizeram pensar este tema.

Nosso País esta em crise econômica e financeira, gerando desconfortos, angustias, desesperos e consequentemente aumentando o descrédito e a baixa auto-estima da população. 

Posso afirmar que não mudaremos nossos políticos com a rapidez que gostaríamos, não mudaremos as situações econômicas, de educação e segurança agora, mas podemos mudar a nós mesmos. 

EM TEMPO DE CRISE - MOVIMENTO

A crise existe e a mídia contribui para intensifica-la dentro de cada um de nós, na medida que vamos ouvindo, vendo e sentindo vamos entrando na "onda", ficamos desanimados e descrentes resultando em baixos rendimentos profissional/financeiro e consequentemente pessoal, gerando  necessidade de fuga que se dá com desejo de sair do país, sonos inexplicáveis, desanimo e falta de atitude. Provocando uma sensação de "bola de neve". Algo que parece não ter solução e não ter fim e vamos afundando junto, certo? Errado. 

Vamos fazer movimentos:    A primeira ação que sugiro é parar de ver e ouvir noticiários depressivos e deprimentes, a mídia precisa disso para sobreviver mas nós não. Não nos acrescenta nada acordar ouvindo sobre mortes, acidentes, desempregos, politica, etc.


Resultado de imagem para soluções                                           A segunda ação é se perguntar: onde estou e onde quero estar? A partir desta resposta podemos pensar em um caminho. Se estou na Av. Paulista e quero estar na Av. Santo Amaro, por exemplo, já sei que tenho um caminho a percorrer e então dou inicio ao trajeto. Da mesma forma podemos pensar se estou desempregado quero estar com um bom emprego, sabendo disso temos um caminho a percorrer: preparar o curriculo, fazer contatos, procurar por locais, etc. 

Seja qual for a sua crise, acredite, existe solução e ficar parado ou paralisado não ajudará. Fazer movimento é caminhar em direção a;  atirar para todos os lados; levantar sacudir a poeira e dar a volta por cima, etc. 

Fazer movimento gera vida e energia, quando focamos nas possíveis soluções, nosso cérebro encontra caminhos. Também o movimento permite que pessoas percebam ou saibam claramente qual nossa necessidade e podem se movimentar para ajudar. 


Se está paralisado a ponto de não conseguir enxergar caminhos, tente pedir ajuda, este já é um movimento que por orgulho, muitas vezes evitamos. 

Observe outras crises pelas quais você ou alguém conhecido passou e veja o que foi feito para sair dela, com movimento? Sim de certo. 

Imagine se cada cidadão faz o seu movimento, logo teremos novamente o nosso País da alegria, do futebol e do samba. De um povo alegre e sorridente. Mas de um povo que batalha, luta, se movimenta e cresce.

Fica aqui o convite, movimente-se, tenha atitudes e mude-se da crise, ela não nos pertence.

Por: Cristina S. Souza - Psicóloga Clinica




Indicação Filmes:

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sábado, 13 de junho de 2015

Parando para pensar: Fiz a melhor escolha? Você Fez?

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Às vezes me pego a pensar se fiz o caminho certo, se fiz o melhor caminho, as melhores escolhas.




Fazer uma retrospectiva ou lembrar de alguns anos passados me levam a essas questões. A frase "se eu tivesse a idade de um jovem com a cabeça que tenho hoje" faz muito sentido quando estamos na idade da maturidade,
Nos deparamos com uma infinidade de possibilidades, com escolhas, oportunidades e sempre estamos diante de momentos decisivos. E os resultados dependem das escolhas, mas nunca sabemos deles, resultados, sem antes vive-los.
Algumas vezes nem temos escolha, a vida vai dando o rumo e vamos deixando-nos levar.

Quando bem jovem, 14 anos, idade em que iniciei a vida profissional, relacionamentos, descobertas, etc. idade em que saí mesmo da infância, não tinha como hoje uma clareza: o que quero pra mim? O que será melhor? Como quero estar daqui a alguns anos. Quanto quero ganhar, que tipo de marido quero ter, onde quero morar, nada disso era pensado e traçado.

Tinha muitos sonhos e eles se contradiziam, alguns não davam para caminharem juntos e por falta de discernimento fui sendo levada. Por exemplo: queria casar e ser mãe ao mesmo tempo que queria ter uma profissão que me permitisse viajar muito. (para algumas pessoas essa junção é perfeitamente cabível, mas para mim, olhando hoje, seria sofrida).

Alguns sonhos defini como metas,  a escolha da minha profissão foi minha maior meta, tive que ser muito persistente para realiza-la. Mas as demais coisas simplesmente fui vivendo.

Sim, eu gostaria de ter ao menos um pouco da "cabeça" que tenho hoje; saber avaliar melhor sobre minhas escolhas e meus caminhos. Mas cheguei até aqui. Entre amores e dissabores, quero crer que com saldo positivo.

E agora?


Resultado de imagem para duvidasA vida ainda não acabou, e sempre nos deparamos com novas possibilidades, novas oportunidades e novos caminhos. Nos deparamos com o desejo de jogar tudo para o alto e ao mesmo tempo permanecer. Caminhos opostos, caminhos novos e até aqueles nunca imaginados. E Agora? Porque a cabeça já é outra, dá pra pensar e tomar decisões com a maturidade. Mas acabamos por escolher deixar a vida nos levar. E apenas em uma ou outra situação é que pensamos, pesamos e analisamos antes da escolha. 

É mais fácil assim, fazer escolhas envolve outras pessoas e precisa de coragem... então nossa escolha no geral é: DEIXA A VIDA ME LEVAR e uma ou outra vez fingimos que escolhemos. 

Talvez sejamos covardes, pensamos no outro e não em nós e  ficamos nos devaneios: Como seria se eu tivesse feito outras escolhas? 

O importante é que agora temos a maturidade, as oportunidades, as possibilidades e é só escolher o melhor caminho. 
Seja qual for o caminho virá repleto de flores e espinhos, então talvez o compositor esteja repleto de razão: DEIXA A VIDA ME LEVAR. 


Por Cristina S. Souza
Psicóloga Clinica