sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Obsessão pelo melhor

Texto bem interessante! Copiei de uma postagem no facebook de uma amiga, achei interessante e tudo haver com o postado anteriormente, Eu vou ser feliz.... depois.
Autora: Leila Ferreira - Jornalista
A Obsessão pelo melhor

Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".

...Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho. Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.

Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.
Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um
melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?.

Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar à chance de estar perto de quem amo...
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer. Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?

Leila Ferreira, Jornalista.

"Sofremos demais pelo pouco que nos falta
e alegramo-nos pouco pelo muito que temos."
Shakespeare
.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Eu vou ser feliz..... depois.





Quantas vezes já nos deparamos com nossos sonhos, desejos, metas e objetivos? Muitas vezes.
Quantas vezes entramos em devaneios sonhando com aquela viagem, aquele carro novo, aquele computador, aquele Ipad, ou até mesmo aquele abraço, aquela conquista, aquele dia em que ouviremos de alguém um "eu te amo", ou um "me perdoa".

Sonhar, querer e desejar fazem parte da vida e deve ser um movimento constante, pois sonhos, objetivos e desejos são como combustível que nos levam a caminhar, sejam eles no SER ou no TER.

A questão que quero refletir hoje é sobre aqueles que nunca estão felizes com o que têm. E muitas vezes pior ainda, nunca estão felizes com o que conquistam. Estão sempre olhando pra frente, querendo sempre mais como se houvesse um buraco sem fundo de insatisfação na alma.
                                            
Pessoas que constantemente reclamam da vida, do trabalho, do relacionamento, da família, da igreja, do passeio, etc. Vamos pensar no passeio deste individuo:
Fala para um amigo que adoraria ver um filme no cinema. O amigo o convida e vão. Ao chegar lá começa a reclamar que está cheio, a pipoca está fria, a cadeira é ruim e que o cinema X é bem melhor, que seria muito mais gratificante ir ao cinema X.
O amigo para reparar o seu suposto "erro", no final de semana seguinte leva-o ao cinema X, e a ladainha começa novamente: a pipoca está salgada, as pessoas falam demais, não está se sentindo bem, preferia ter ficado em casa, etc. etc. etc.

Da mesma forma as pessoas agem assim com emprego: quero trabalhar na empresa X, quando entra não consegue ficar feliz pela conquista, logo coloca defeitos na empresa X e começa a querer a empresa Y, e o processo se repete.

Da mesma forma com relacionamentos: Se namorar a Fulana vou ser feliz, e quando conquista a
Fulana só encontra defeitos; quero namorar a Sicrana e o mesmo ocorre.

Pessoas assim são mais comum do que parece, pode ser que nem se percebam neste movimento, movimento em que nada está bom, nada o faz feliz, sempre almejando o novo, o diferente, o impossível, o que ainda não tem para poder ser feliz. Pessoas que estão presas no futuro, quando o futuro vira presente já tem um novo futuro em foco.

Estas pessoas sofrem porque nunca têm uma satisfação, nunca estarão repletas, sempre existirá uma sensação de falta.
 Falta algo que nem mesmo sabe identificar, o que contribui para piorar ainda mais o vazio. E parece ser um vazio da alma e na alma.

Pessoas assim sofrem porque não sentem satisfação com suas conquistas, seus ganhos, suas vitórias; precisam sempre de algo novo para ser feliz. Estão sempre à procura de uma felicidade plena, de que algo extremamente inédito e inesperado aconteça e arrebata a sua alma, mude sua história.

E a felicidade plena não existe, existem momentos felizes e para aqueles que estão constantemente insatisfeitos com a vida a dica é que comece a re-conhecer tudo e todos que lhe pertence.

Re-conhecer é perceber que tem, ver que tem e principalmente sentir. Olhar o que há de melhor em sua volta, nos seus e nos teus. Por exemplo olhar sua casa, cada detalhe, perceber que além de uma casa é um lar, sentir cada espaço deste lar, perceber cada pertence que nele existe, tocar, sentar, ver. Sentir a sensação ao olhar cada objeto seu. Depois veja as pessoas, cada um da família, cada parente, cada amigo, e veja o que há de melhor em cada um e a partir daí comece a valorizar aquilo que é seu e o que a vida já te ofereceu. Esta é a verdadeira felicidade, dar valor e se felicitar com tudo o que já tem e novas conquistas virão e deverão mesmo vir para acrescentar e somar.


Por: Cristina Silva Souza - Psicóloga




segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Criança merece ser respeitada

Este final de semana estive observando algumas crianças e conversando com algumas mães. Aniversário da sobrinha, festa na igreja, salão de beleza, enfim, muito material para esta mente pensante.

Respeito... a criança é respeitada? Em suas vontades. Seus desejos? Suas dificuldades? Suas inibições e agitações?

O sonho de todo pai e toda mãe é que o filho(a) seja popular, simpático, converse, abrace, beije, dance e seja educado. Querem os pais que a criança cumprimente os adultos com toda a educação e finesse possível, ou melhor impossível.

Existem alguns tipos de comportamentos observáveis em crianças:

A criança inibida - normalmente a criança inibida se reprime em um canto e não fala, não cumprimenta, não beija, não participa e não sorri pra ninguém. Causa aos pais constrangimentos e principalmente frustração. Ex. A Aninha (nome e situação fictícios) chega na casa da tia com os pais, para um almoço em faíilia, havendo umas 15 pessoas, a mãe chega sorrindo abraça e beija a todos e os parentes após cumprimentar os pais vai falar com a Aninha, ela tímida abaixa a cabeça e não fala com nniguém.
1. A mãe nem percebe ou se percebe não emite nenhum comentário.
2. A mãe ou o pai obrigam a menina a beijar os parentes um por um, e ainda fala que é caipira, não sabem a quem puxou, que não pode ser assim, precisa ter educação e falar com as pessoas e bla...bla...bla.

Acriança agitada - algumas crianças são agitadas, não conseguem parar quietas em um local e não é porque é "mal educada", mas porque há uma agitação interna que faz com que a criança tenha uma necessidade de se movimentar, de andar, mexer, etc. Ex: A Lili (nome e situação ficíicios) tem 5 anos e os pais vão à igreja domingo à noite, a cerimonia dura 2 horas, a Lili não consegue ficar sentadinha durante tanto tempo. Existe duas formas de pais se comportarem:
1. Deixam a Lili se movimentar, andar pela igreja, sentar perto de outras pessoas e a criança consegue gastar suas energias sem incomodar ninguém, os pais por sua vez ficam atentos aos movimentos da menina para que não se machuque e nem incomode ninguém.
2. Os pais da Lili coloca-a sentada no banco e ordena que fique quieta, a menina se mexe e logo vem um "Fique quieta", a menina emite um pequeno som e logo vem um "psiu", a criança começa a ficar irritada e pede água, os pais saem para dar água. Daqui a pouco a Lili quer fazer xixi, e começa a odiar aquele ambiente do qual ela é obrigada a ficar quieta.
Nestes casos incomoda mais os pais dando broncas na criança que a própria criança.

Em casos de crianças agitadas é necessário ter um cuidado especial porque prender não é recomendado mas também deixar sem limite nenhum, é prejudicial a todos, criança, pais e todos que estão por perto.
As vezes os pais precisam ter jogo de cintura para lidar com filhos agitados. Lembro-me que fui na festa de casamento, de uma amiga com a minha filha de 6 anos, na época. Ao chegar no Buffet tudo era muito fino e sofisticado, copos e taças de cristal, assim que sentei na mesa comecei a inventar brincadeiras para que ela ficasse confortável, sem mexer e sem sair do local. Brincamos até ser servido o jantar, logo que vi pessoas se movimentarem no salão liberei para que ela fosse dar umas voltinhas, e assim o fez, dançou, andou, sorriu para algumas pessoas e no fim tudo deu certo.
Durante seu afastamento ficava eu de olho para ver se não mexia em nada e não incomodava ninguém. É necessário que a criança tenha um limite, saiba até onde pode ir, ultarpassar os limites fica perigoso, pois os pais perdem o controle.

A criança natural -  é natrural que a criança faça suas graças e encantamentos em casa, seu ambiente, seu habitat; junto àqueles que ela conhece, ama e se sente amada. É esperado que a criança sinta em seu lar confiança e segurança, fatos que contribuem para suas descobertas, aventuras e gracinhas. Normalmente cercada por pessoas que a amam, que cuidam e lhe ofertam amor, proteção, estimulo e consequentemente a confiança. O problema é que papai/mamãe/vovó querem que os pequenos mostrem para o mundo todas as suas artimanhas, todos os seus feitos e todas as graças que costumam fazer no dia a dia. A criança por sua vez, frente a estranhos ou a conhecidos não muito presentes não tem a segurança de realizar seus feitos, causando grandes frustrações nos adultos que convivem com ela. Ex. Carlinhos (nome e situação fictícios) com dois anos canta e dança "Eu quero tchu... eu quero tcha", em casa, para os pais e vovós. Ao chegar em uma festa os pais querem que o Carlinhos faça sua apresentação para todos os parentes. O menino trava, nem se meche.


Respeitar
Claro que aquela criança linda, que olha para todas as pessoas do mundo com um maravilhoso sorriso no rosto, que fala perfeitamente o português, canta, dança, e conversa é o sonho de todos os pais, avós e tios. Mas uma criança com este perfil é raro. Normalmente a criança se enquadra em uma das situações citadas acima.

Respeitar é entender que a criança tem suas dificuldades, suas limitações, seus limites próprios. A criança, o nome mesmo já fala, é criança e muitas vezes tenta-se transforma-las em minis adultos. Cobrando, exigindo, obrigando a serem e fazerem o que para elas é impossível.

Calma, tudo tem seu momento, sua ora. Aquela criança que nem olha no rosto das pessoas porque tem vergonha, mais tarde, quando crescer mais um pouco, irá falar e se socializar com todos, mas no tempo dela, no ritmo dela.
Aquele(a) agitado, logo saberá conter suas agitações e conseguirá se manter mais quieto, talvez não muito, mas poderá melhorar, com o tempo.

O mais importante é olhar para esta criança, aceitar e respeitar sua condições. Ela é o que é,  sermões, broncas e brigas não irão transforma-las naquilo que o adulto quer.
Diálogo é sempre indicado, em qualquer situação, mas dialogar é bem diferente de cobrar, brigar, xingar , exigir, etc.

Claro que, se a criança tiver comportamentos totalmente fora do esperado, e por esperado reafirmo, desejos sonhos e inspirações dos pais, se forem crianças  que passam de um determinado limite,  da inibição ou  da agitação,  deve ter um cuidado maior. Na dúvida procure uma ajuda, um olhar de parentes próximos e de confiança, o olhar de profissionais da escola que a criança frequenta ou mesmo ajuda de um profissional.

O mais importante é fornecer à criança um ambiente seguro, amoroso e com estímulos para que ela seja ela mesma.

Qualquer dúvida terei o prazer em responder, é só postar aqui ou no facebook. Vamos pensar juntos.



Por: Cristina Silva Souza - Psicóloga

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Esse cara sou eu



Esse cara sou Eu – música de Roberto Carlos

Gosto muito desta música. 
Quando uma adolescente, de qualquer geração, qualquer década, pensa ou pensou em um príncipe encantado, normalmente ela pensa em um cara que pensa nela toda ora, que conta os minutos para estar com ela, um príncipe que fale que a ama...
A grande maioria das mulheres sonhou em ter um amor assim, um namorado e até um marido com este perfil, vejo nas redes sociais que esta música tem incomodado as “meninas”. Fato que me estimulou a refletir sobre o assunto.


Este cara existe?
Confesso que são poucos e raros, mas sim eles existem. E acredito que o número de “caras” poderiam crescer se houver sabedoria no relacionamento. Para a existência deste perfil é necessário que haja um envolvimento e empenho dos dois, homem e mulher, parceiro e parceira. Só um não consegue alimentar as características de um cara perfeito, muitas vezes o mal ou ruim estraga o que é bom, como cobranças, brigas, intolerâncias e inflexibilidades. 
Podemos pensar no equilíbrio entre o dar e receber, que Bert Hellinger defende em Constelação familiar. Se dou amor, carinho, compreensão e presença a tendência é que o receba na mesma quantidade e intensidade.
O problema é que nos casais um aponta o dedo para o outro e esquece de olhar o EU. O que eu dou enquanto parceira para receber o que recebo?


O cara está na sua casa e você não vê.
Muitas mulheres se prendem às fantasias, às imaginações e ficam esperando encontrar uma grande paixão. Cria uma ilusão e acredita, passando a viver esta ilusão. Começa a cobrar do parceiro que se torne aquele por quem ela se apaixonará, e isso não é possível porque a sua paixão é uma ilusão, algo criado na sua mente baseado em filmes e novelas românticas, que levam algumas mulheres a acreditar que a paixão existe e que é possível aparecer um Richard Gere, Tom Cruise, Taylor Lautner, Robbert Pattinson, entre outros, em sua vida.
Quando envolvida nestas ilusões não percebe que tem em casa, ao seu lado, um cara que a ama, está presente, realiza seus desejos, etc. E passa até a maltratar, porque olha para ele e não vê os personagens dos quais espera.

Denegrir o cara
Vi uma postagem no facebok que denegria totalmente o cara do qual a música se refere, dizia que é um cara possessivo, agressor, ciumento, etc. etc. etc.
Só posso pensar que, quem fez esta analise tem uma frustração muito grande em relacionamentos. Muito além de não acreditar no amor deve fugir dele com todas as forças. Alguém que criou defesas contra o amor e se defende para não se frustrar, decepcionar e sofrer. Como uma parede que a separa da possibilidade de se aproximar de um cara desse e se enganar. Melhor é não acreditar e não sofrer que pensar na possibilidade de existir e se deparar com a realidade e sofrer, é a crença de algumas mulheres.

Esse cara não existe
Esse é o comentário mais comum. E mostra o quanto os casais estão decepcionados em seus relacionamentos, o quanto se distanciam um do outro.
Quando se casam estão encantados e apaixonados, na medida que os problemas vão surgindo, despesas, filhos, educação de filhos, dificuldades financeiras, envolvimento da família, etc. faz com que o foco do casal, (amor, companheirismo, parceria, carinho, afeto) se perca, e onde fica o “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”? Se perde e se perde “o cara”.

Até onde a mulher se permite ter o cara?
Hoje a mulher é tão independente, dona de si, controladora e dominadora. Hoje a mulher SE BASTA. E sendo assim, claro, não dá pra aceitar o cara.
Para este cara existir é necessário que a mulher permita, aceite e receba seus cuidados e carinhos, se ela se basta, ela não precisa de um homem que seja presente.

Enfim...
É claro que, quem tem o cara não divulga.
O cara pode estar ao seu lado e você não percebe, pode já ter passado pela sua vida e você nem viu, pode estar no seu futuro e você não acredita.
Para ter o cara você precisa ser a mulher, que merece e se sente merecedora, que aceita receber e se propõe a dar na mesma proporção, que acredita na beleza da vida e do amor.
Deixar as marcas do passado de lado, as mágoas, perdoar seja o que for que aconteceu, e se abrir para o novo, para o melhor, para o amor.

Por: Cristina S. Souza - Psicóloga


Letra da música:

O cara que pensa em você toda a hora
                                   
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você
     
E no meio da noite te chama
Pra dizer que te ama
Esse cara sou eu

O cara que pega você pelo braço
Esbarra em quem for que interrompa seus passos

Que está do seu lado pro que der e vier
O herói esperado por toda mulher
      
Por você ele encara o perigo
Seu melhor amigo
Esse cara sou eu

O cara que ama você do seu jeito
Que depois do amor você se deita em seu peito
Te acaricia os cabelos, te fala de amor
Te fala outras coisas, te causa calor
De manhã você acorda feliz
Num sorriso que diz
Que esse cara sou eu
           
Esse cara sou eu

Segunda Parte:

Eu sou o cara certo pra você
Que te faz feliz e que te adora
Que enxuga seu pranto quando você chora
          
Esse cara sou eu
             
Esse cara sou eu

Terceira Parte:

O cara que sempre te espera sorrindo
                                            
Que abre a porta do carro quando você vem vindo
                             
Te beija na boca, te abraça feliz

   Apaixonado te olha e te diz
Que sentiu sua falta e reclama
      
Ele te ama
             
Esse cara sou eu
             
Esse cara sou eu
             

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Você tem medo de quê?

Ao ler o texto sobre o medo, da Ana Beatriz Barbosa Silva em seu livro "Mentes Ansiosas" me dei conta de que o medo está muito mais presente em nossas vidas do que imaginamos. Abaixo transcrevo e compartilho com vocês um trecho do livro, para nossa reflexão:

     "Quer saber de uma coisa? Todo mundo tem medo, uns têm medinhos, outros medões, mas no fundo tudo é medo puro e simples. Sentimos medo de manhã, ás vezes à tarde e muito mais à noite, não necessariamente nessa ordem.
     Medo de não ver o pôr do sol, de não poder ir à praia no domingo, de jogar a bola para fora do gol, da areia quente, de que o chope esquente ou a onde se arrebente.
     Medo de cair, de sair, de se divertir, da felicidade, da fatalidade, da bala perdida, da fome, de ter e de perder, seja lá o que for!
     Medo de trair e ser traído, de perder o grande amor, de amar e não ser amado, de dizer adeus, de partir, de mudar, de renovar, de dizer eu te amo!
     Medo de bruxa, do escuro, de bicho-papão, do vento, da ventania, do relâmpago e do trovão.
     Medo da morte: a sua, a do seu amigo, a do seu filho e dos seus pais. 
     Medo de esquecer o que foi bom, de enlouquecer, de não viver, do prazer, de querer sempre mais e nunca mais parar de querer. 
     Medo do terror, dos terroristas, dos que manipulam os horrores humanos, dos que adoram o poder, de não poder com esse tipo de gente.
    Medo de envelhecer, das rugas, dos cabelos brancos, da osteoporose, da menopausa, da calvície, de virar pó e da certeza de que a vida é uma só.
   Medo de experimentar coisas novas, umas melhores outras piores, mas o que vale é o movimento, somente o que está morto não se move.
   Medo de olhar no espelho, do fracasso, da decadência, da não reação, do marasmo, da acomodação.
   Medo de falar a verdade, de não ter verdades pelas quais lutar, de magoar, de brigar, de perdoar.
   Medo de não ter o filho desejado, de não vê-lo crescer, de vê-lo adoecer, de não vê-lo feliz.
   Medo do chefe que grita, que não elogia, que não explica, que não brinca, que só xinga, que assedia.
   Medo da solidão, da rejeição, do telefone que não toca, da palavra não dita, do "mico" não pago, da alucinação da paixão, do beijo não roubado, da dor do amor não correspondido, das velas não apagadas, do grito não ecoado depois do sexo em perfeita comunhão.
   Medo da diferença, da indiferença, da arrogância, do desprezo , da ignorância, do preconceito, da inflação, da humilhação, da falta de profissionalismo dos políticos, da inveja, da tristeza, das escolhas, do seu corpo, do passado, do presente e do futuro.
   Medo de gastrite, otite, sinusite, faringite, meningite, hepatite, celulite e tudo o que é "ite".
   Medo da responsabilidade, da liberdade, da igualdade, da fraternidade, do recomeço, de cantar, de dançar, das crenças, das encrencas, de dar e receber opinião, de ter voz e voto, de não ter voz e voto, de aturar gente de má índole, de má vontade e sem educação.
   Medo de casar, de se divorciar, de casar de novo, de não poder mais voltar. Medo de se perder, de endurecer o coração, de não sonhar e de nunca mais se achar.
   Medo de errar, de não ter o que dizer, de falar demais, de se calar diante da covardia, de engolir o choro da emoção, de não crer e não ter fé em Deus, em si e na vida.
   Medo de enchente, de não gostar de gente, do ladrão, de não ser o único e virar nenhum na multidão.
   Medo de pensar "inho" e acabar tendo uma vidinha cercada de gentinha, de perder o emprego, de nunca mudar de emprego por puro medo da mudança, medo da mediocridade e da maldade.
   Medo da ditadura, do neoliberalismo, do comunismo, do nazismo, do radicalismo, da guerra, da bomba de Hiroshima, de Nagasaki, do tsunami, do Katrina, do terremoto, da chacina, da rebelião, do vandalismo, da escravidão, da sofreguidão, da falta de poesia, da realidade nua e crua.
   E, por fim, o medo de não ter coragem para enfrentar tudo isso, mesmo que isso não tenha fim..."
Livro: Mentes ansiosas -Ana Beatriz Barbosa Silva





E você do que tem medo? E como lida com os seus medos? Você consegue dominá-los ou sente-se dominado por eles?
O medo é um sentimento necessário em nossas vidas, pois nos prepara para fugir quando se faz necessário. É praticamente um instinto de sobrevivência, no entanto não pode nos paralisar e afetar a nossa vida.
Tenha coragem de olhar para os seus medos, de assumi-los, de enfrentá-los e de superá-los! 
Boa semana!
Márcia Cortez - Psicóloga