O que deve fazer jovens e adolescentes, quando os pais são super-protetores.
Primeiro é importante entender porque os pais super-protegem:
· Família x mundo: A família se torna impotente diante do mundo. Um mundo cheio de ofertas como drogas, sexo livre, possibilidades de experimentar e vivenciar tudo. Faz com que os pais se apavorem e consequentemente prendam seus filhos. A família esta impotentes diante do mundo. Em um mundo em que tudo é legal, tudo é normal. Precisa viver tudo e experimentar tudo. (sexo, drogas, álcool, raxa,...). E todas estas informações vindas dos amigos, da mídia, das músicas, internet, imagens, etc.
É importante que os filhos entendam os pais para não julga-los, porque quando julgamos acionamos sentimentos como raiva e mágoa e dificulta o essencial.
· Violência: outro motivo que levam os pais a superproteger seus filhos é a violência, assaltos, mortes por qualquer motivo, brigas em escola, por causa de qualquer coisa. E um jeito que os pais encontram de proteger é prendendo.
· Confiança. Tem filhos que os pais sabem que pode confiar, e tem jovens que não passa segurança para os pais. Jovens muito infantilizados, ou jovens que se envolve em brigas, jovens muito passivos ou muito agressivo...
· Trauma: quando um dos pais vivem algum trauma na infância ou adolescência, tendem a superproteger os filhos para que nada ocorra de ruim.
· Outros: autoritarismo-dono da verdade-inflexibilidade
Como o adolescente/jovem deve agir:
1- Conquistar a confiança dos pais: é importante que converse com seus pais, conte pra eles no que você acredita, quais são seus valores e se as opiniões forem diferentes das deles, explique e justifique o porque. Isso vai mostrar que você tem consciência, mesmo quando as opiniões divergem.
2- Conversar, contar dos amigos, da escola, das experiências, etc.
3- Falar sempre a verdade, seja o que for, conte para pelo menos um dos pais, porque é melhor eles saberem a verdade por você do que pelos outros. Quando você vai contar algo, vai contar com cuidados e o outro quando vem contar, conta com toda a malícia.
4- Rever seus próprios conceitos. Se os pais estão falando muito, é porque algo pode estar errado e eles podem ter razão.
5- Ser responsável: com estudos, tarefas de casa, irmãos menores. Com certeza irá contribuir para os pais confiar.
Como pais devem agir:
Ser feliz: Os jovens e adolescentes precisam viver, serem felizes. Logo irão “adultecer” e virão as responsabilidades, preocupações. E os pais devem ter esta compreensão.
Combinar: É importante que os pais ou responsáveis conversem entre si para resolver o que vão fazer e juntos tomarem decisões importantes. Não só se define juntos que escola estudar, que convenio fazer ou que médico levar, também se definem juntos se deve ou não permitir, quando devem e quando não devem. A estoria de “ah você decide” não é boa para a família, e quando houver proibição, explicar o motivo da proibição.
A rebeldia dos filhos: ocorre um processo na adolescência em que o filho precisa crescer, é o momento que ele rompe com os pais para se tornar um individuo, e é a forma que ele vai encontrar de “remar contra a maré” (dos pais). É necessário cortar o cordão umbilical, e dói para os dois lados. É importante a consciência dos pais.
O outro extremo: também não é bom a liberdade demais, jovens e adolescentes que podem tudo têm prejuízos emocionais. Por que a sensação que da é que não são amados. Além de ser muito perigoso o filho ficar com essa sensação de não ser amado e de que ninguém liga pra ele, pode começar a testar os limites dos pais e cada vez vai procurar mais perigo, chegando ao limite que é o crack. Todo extremo é ruim
Intuição: se mesmo com toda consciência, na ora de decidir algo sobre a vida do filho e o coração apertar, escolha pelo não, muitas vezes o coração aperta por uma pessoa ou por uma passeio que o filho pede pra fazer, dê ouvidos ao coração e respeite a intuição. Mas cuidado para não fazer desta, uma desculpa para não permitir nada. São algumas situações especificas que isso acontece, muitas vezes o coração aperta sem nenhuma prova real de que há perigos, mas há. O bom senso deve prevalecer.
Enfim..
Os dois lados devem:
Ter discernimento
Dialogo (baseado na verdade)
Sabedoria
Confiança
Amor
...
Criar filhos para o mundo
Sempre achei que criava minhas filhas para o mundo, isso pra mim significava que elas podiam ter amigos, podiam se apaixonar, ir ao shopping, ao cinema, ao parque, etc. Resumia para o mundo com permitir diversões, até que um dia percebi que criar filhos para o mundo é aceitar e respeitar suas escolhas.
Sempre idealizamos o melhor para nossos filhos, queremos que seja um profissional bem sucedido, que tenha uma situação financeira perfeita, viagens ao exterior, um casamento com um príncipe/princesa, e vamos sonhando sempre o melhor para eles. Mas o sonho dos pais não é o sonho dos filhos, então este ser perfeito que idealizei vai fazer suas próprias escolhas, como por exemplo uma filha pode escolher se casar, não fazer faculdade, cuidar da casa e ter filhos. E ai sim, entra o criar filhos para o mundo, porque independente dos pais e dos sonhos destes, os filhos têm seus próprios sonhos, objetivos e tem também seus limites; muitas vezes longe de ser e alcançar aquela perfeição que os pais tanto almeja.
Criar filho para o mundo é aceitar e respeitar suas escolhas, este é o nosso alcance.