domingo, 28 de setembro de 2014

Tipos de Parto



Como não poderia deixar de ser, parto é meu objeto de estudo neste momento, uma vez que minha filha está para ter bebê.
Sou sempre a favor do não julgamento, esse ou aquele parto, está além dessa ou daquela escolha, a mamãe que irá parir deve ser olhada e tratada com respeito independente de suas escolhas.

Estive dos dois lados da moeda, das duas escolhas e agora vivendo um terceiro lado, como avó de primeira viagem e parece que é ainda mais tenso, toda essa vivencia.

Vamos focar os dois tipos de parto: cesariana e normal. Ambos terão seus prós e contras.
Antes de entrar nos méritos deixo aqui um breve relato das minhas experiências:

Primeira gestação, tinha 24 anos, muitos medos, medo da criança passar da hora de nascer, medo de não chegar a tempo no hospital, medo de ter algum problema ao nascer, etc. O obstetra que me acompanhava sugeriu que fizesse uma cesariana alegando que não há nada normal em ter parto normal. Como era médico da família e eu confiava marcamos. Foi muito tranquilo, com horário marcado, cheguei ao hospital e tudo transcorreu perfeitamente. Portanto essa filha sempre teve bronquite alérgica e sempre me perguntei se sua saúde teria sido melhor se tivesse nascido no tempo certo e não arrancada antes do tempo.
Na segunda gestação, já no terceiro ano de psicologia, minha visão era diferente, fiz o pré-natal com o mesmo médico e a previsão era de nascer até o dia 8 de janeiro de 2001. Na consulta de novembro o médico veio com o calendário para marcarmos a data da cesária que seria até 15 de dezembro, disse-lhe que iria ter normal e ele disse não se responsabilizar uma vez que seria festas de final de ano e ele estaria fora de São Paulo, sai de lá e não voltei mais, fui conhecer hospitais e fiz um Plano parto no Hospital Santa Marcelina e foi lá que a tive, sim foi cesária mas foi no tempo dela e não no meu tempo; uma semana depois ela precisou fazer uma cirurgia e provavelmente se a tivesse tirado em dezembro como queria o médico, não teria saúde para isso.

Esse material não é uma pesquisa é apenas uma reflexão, sendo assim coloco aqui uma visão do ponto de vista emocional e não físico/fisiológico, muito menos do ponto de vista médico, uma reflexão sobre possíveis prós e contras nos tipos de parto:


Cesária: Prós - este tipo de parto se tornou comum principalmente nas redes de convênio médico, não sei se por crenças dos médicos de acharem que é melhor para a mamãe ou por comodismo visando seu tempo e dinheiro. Mas um dos fatos que é certo é a tranquilidade das mamães, marca o dia, antecipadamente e poupa-se a ansiedade do não saber: o dia, como vai ser, que acontecerá, na cesária tudo é pré definido.
             Contras  - é necessário tomar anestesia e a recuperação é demorada, pode sentir dores na região do corte e ficar com cicatriz.
Para o bebê -  algumas teorias condena este tipo de parto porque a criança é arrancada e não nasce no seu tempo, podendo ter complicações de saúde durante sua infância, principalmente as pulmonares; na visão de alguns a criança que é tirada, torna-se um individuo sem movimento pra vida, uma vez que não precisou fazer movimento pra nascer não faz para a vida, claro que não é uma regra mas é uma observação para ficar atento.

Parto normal: o bebe nascerá no seu tempo, no seu dia, pode até acontecer no ultimo momento ser necessário a cesaria, mas ainda assim será no momento em que a criança tem de nascer e não no momento que é mais conveniente para o médico. Não sei se há algum contra para o bebe uma vez que os médicos acompanham para que não haja risco. Hoje fiquei sabendo que se passar de 41 semanas e não nascer naturalmente a gestante é acompanhada diariamente para observar e fazer exames, é encaminhada para uma cesaria se for necessário, não havendo riscos para o bebe.
A mãe sentira muita dor, porém a dor de parto logo é esquecida. Apesar da dor, o amor.

Não quero defender nem um nem outro, embora possa parecer que sou a favor do parto normal, fiz minhas escolhas, minha filha fez a dela e acho que todas as gestantes devem ser respeitadas em suas escolhas. O que me preocupa é ver que os médicos não respeitam as escolhas das mães que preferem ter seus filhos naturalmente. Tenho ouvido muitas histórias de mamães que queriam ter parto normal e foi marcado cessaria com alegação que não tinha quadril “suficientemente bom” para um parto normal.
Cuidado mamães.... pesquisem, conversem, tenha outras opiniões antes de definir por este ou aquele parto.

Em breve conto sobre nossa escolha para a vinda do Miguel, que está sendo esperado para parto normal.



Por Cristina S. Souza – Psicóloga Clinica 

domingo, 31 de agosto de 2014

Alienação Parental - um olhar sistemico

Há algum tempo venho participando de um grupo de Alienação Parental em uma rede social, e muito tem me comovido ver o sofrimento daqueles que são afastados de seus filhos.
Mas muito antes fui tocada por diversas crianças e adolescentes que atendi cujos pais eram separados e percebia o maldito "jogo", cuja raiva e mágoa dos adultos, de forma muito egoísta é utilizada para ferir os filhos, pior que de forma inconsciente, pois estes pais acham que estão fazendo o melhor para os filhos e não percebem a dor que este sofre pela alienação.
E antes ainda pude acompanhar de forma bem pessoal uma situação, cuja guerra dos alienadores, resultou na criança um câncer que a levou à morte com 15 anos de idade. E isso é tão real e absurdo que no necrotério um dos alienadores virou para o pai e falou: "toma... agora ela é sua".

Sim isso é muito sério e deve ser visto com muito cuidado, a lei está tentando olhar, proteger, acompanhar, mas os casos são muitos e muitos nem chegam à lei, ficam escondidos na sociedade, nas famílias e nas casas e as crianças escondidas em suas dores, mágoas e revoltas. Adoecem, vão mal na escola, tornam-se agressivos ou passivos, como forma de gritar socorro pela sua dor.

Enquanto os adultos, pais, avós, tios.... sequer olham para esta dor e ficam em suas guerra de egos para ver quem ganha nesta briga, alguns abrem mão e abandonam e mesmo assim, a criança sofre.

Quem deve ser protegido? Quem deve ganhar? Quem precisa de pai e mãe?

Um olhar pela visão da Constelação Familiar 

Segundo a Constelação Familiar do Alemão Bert Hellinger, o sistema familiar é regido pelas ordens do amor, e estas ordens contém três leis, as quais serei breve na explicação, pois toda ela você encontra em nosso site www.espacocrescerpsicologia.com, e farei uma correlação com o assunto em pauta, alienação parental.

- Lei do pertencimento: todos têm o direito de pertencer ao sistema familiar, o problema é que alguns são excluídos, ex: aborto, assassinos, alcoólatras, ex namorados dos pais, etc. Quando alguém é excluído alguém do sistema atual pode vir para representar o excluído e fazer com que seja visto para que o sistema entre em ordem.
Algumas possibilidades de situações: 
- quando o pai do alienador foi excluído este pode fazer o mesmo com o genitor do filho repetindo o padrão.
- quando o pai foi ausente gerando mágoas, entre outras situações.

- Lei do equilíbrio entre o dar e receber: nas relações todos devem dar e receber igualmente, portanto o que ocorre é que alguns só recebem e o outro só da, quando isso acontece o casal separa, porque o que recebe demais não suporta e vai embora e passa a ser julgado porque foi injusto,  o outro fez tudo por ele(a) e foi embora mesmo assim. A parte que só recebe se sente pequeno demais por receber tanto e não poder pagar da mesma forma.
Algumas possibilidades de situações:
- o que foi embora e recebia demais é julgado e este julgamento não passa despercebido para os filhos.
- aquele que da demais acha-se suficiente para os filhos, não precisa do outro genitor por ser auto-suficiente.
- quando um dos genitores vai embora o outro coloca o filho no lugar 

E assim vamos para outra lei, a Hierarquia: precisa haver respeito na hierarquia, porque cada um tem o seu lugar no sistema, os que vieram primeiro devem ser respeitado, bisavós, avós, pais, filhos, primeiro filho, segundo filho, etc.  O que acontece e é comum são hierarquias sendo desrespeitadas, filhos mandam nos pais como se fosse melhores que eles ou maiores, irmãos menores assumem responsabilidades de irmãos maiores, abortos excluídos e filhos que tentam ocupar este lugar, filhos tentando ocupar o lugar de um dos genitores. 
Se a hierarquia não é respeitada a alienação toma conta facilmente, há julgamentos, criticas, por parte daqueles que se sentem maiores.

Dizer um profundo sim:

Quando colocamos uma Constelação vemos movimentos como a criança querer se aproximar de um dos genitores e o outro impedir, a criança sofre porque ama os pais mas teme magoar um deles, o que tem a guarda, e olha com amor para o outro mas permanece distante. Outro movimento é quando a criança se coloca entre os pais para protege-los de suas iras, mas isso é muito pesado para o filho.

Acordem pais (mãe e pai)
Para existir uma criança existiu um casal e um ato de amor, a criança é 50% do pai e 50% da mãe, assim ela se forma em sua totalidade. Denegrir um desses é tentar matar parte desta criança, é querer que ela seja incompleta, pela metade. A criança por sua vez sente uma profunda dor porque além de amar os pais, se vê obrigada a abrir mão dela mesma, de sua parte que vem de um dos genitores. 

Quando um casal se une, cada um traz uma bagagem consigo, cheia de emaranhamentos e conflitos, estes se misturam e quando não resolvidos geram a separação/ brigas/ conflitos.

Olharem-se com o devido respeito é um caminho para aceitar esta parceria, os filhos, mas para olhar o outro com respeito é necessário que olhe para o passado, pais, avós... com respeito e é isso que a constelação permite.

É comum casais em conflitos que quando utilizam esta técnica conseguem se olhar, no minimo com respeito.
Com a visão da Constelação sabemos que cada um tem o seu lugar, pai, mãe e filho. Quando o lugar não é respeitado gera um grande vazio na vida dos filhos. 
Da mãe a criança recebe a vida e do pai a força para a vida.

Uma das falas que usamos nas constelações e que deixo aqui para cada um que passa por estas situações, seja lá o alienado ou o alienador é:

_ Por favor pai
_ Por favor mãe


Sem mais, 


Cristina S. Souza - Psicóloga Clinica e Facilitadora em Constelações Familiares

          

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Ser Psicóloga

Hoje é um dia especial sim... o dia que comemoramos uma das profissões mais lindas... a profissão que lida com a dor e com a alma.

A Psicologia corre nas minhas veias assim como corre o sangue, se tirar de mim esta profissão também tira a minha vida.

Fazer a diferença na vida das pessoas... esse era meu sonho essa é nossa função. É uma profissão que é gratificada porque recebe uma dor e contribui para transforma-la em algo melhor: alegria, atitude, ação, amor, vida.

Mas não é tão simples alcançar esta meta, a de fazer a diferença, requer uma formação, muita dedicação, muito estudo, leituras sem fim, especializações eternas, responsabilidade e amor.... muito amor... amor que também vem da alma para lidar com outra alma.

Não basta querer precisa ser, porque não é dar palpite, opinião ou respostas, é além disso, muito além.. e só quem tem esta formação pode entender que é muito mais além, além de uma técnica, de uma teoria, de uma escuta, de um olhar, além da alma.

Claro que nossa vida de Psicólogos não são só flores... sim muitos espinhos encontramos no caminho. Decepções, frustrações, dificuldades e muito mais que nos levam às crises existenciais.

O pior do ser Psicólogo? 
É quando precisa guardar a sua dor... seu coração dilacerando.... engolir suas lágrimas e estar lá... ouvindo.... vendo a alma daquele que está ali a confiar.

O melhor do Psicólogo?
A confiança daqueles que colocam suas vidas, a vidas dos seus amados, muitos, dos seus filhos sob nossos cuidados.... cuidar da dor.... da ferida.... das desordens e ver resultados que nos fazem vibrar.


Vibramos pela alegria do outro, pela conquista, pelo crescimento e pelas vitórias... que de alguma forma também são nossas vitórias.

Hoje deixo um PARABÉNS!!!! para mim e todos os colegas Psicólogos, aos mestres que nos ensinaram, aos gênios que deixaram suas heranças para nós, as teorias, as descobertas, os conhecimentos.


Ser PSICÓLOGO é SER com a alma.


Feliz dia do Psicólogo!


Por Cristina S. Souza

terça-feira, 26 de agosto de 2014

A força da mulher

Após o ultimo trabalho de Constelação Familiar me coloquei a refletir, alguns dias antes também participei de um debate em um grupo de Facebook sobre alienação parental, uma mãe questionando sobre o que fazer quando o pai é ausente e não está nem ai para o filho, como ela, que esta todo momento presente, sustenta, etc. deve agir diante desta lei.

Enfim... me dei conta que mulher é o ser mais forte do mundo. Passa por cima de sua dores, de seus amores, de suas fraquezas. Desenvolvem mecanismos de defesa que as fazem se proteger de tudo e de todos.

Mulher, um ser que deveria ser frágil, cuidada, protegida, sustentada e privilegiada passa a ser vitima, algumas a partir do momento que está sendo gerada.

Muitas famílias deixam bem claro que preferem a existência de filhos homens, quantas de nós sofremos represálias por parte de uma mãe que tinha adoração por seus filhos homens?

Outras tantas sofreram por ter a preferencia do pai e o antagonismo da mãe.

Ser filha mais velha sofre porque vivi todas as primeiras experiencias dos pais, como pais.

Ser filha mais nova, sofre porque normalmente a mãe tem preferencia pela primogênita.

Sem contar com aquelas que são bulinadas e ninguém nem imagina.

Ai vem uma outra fase, a fase dos romances que deixam suas marcas, sua dores, decepções e frustrações e quando deste fica um filho sem o pai, ai esta frágil mulher se transforma em uma leoa, que protege, que se anula, que faz tudo pela sua cria.


Mulheres.... passam por cima de tudo, de suas dores, de seus amores, criam em torno muralhas que as protegem, mas não protegem tanto assim, sempre alguém invade e fere, e ela, esta fera ferida supera e continua.

E além da força consegue manter o charme, a alegria, o encanto e estão sempre a conquistar, novos amores, novos caminhos, nova vida. 


Ver os movimentos das Constelações me tocou em perceber o quanto mulheres passam por tudo isso e o quanto superam suas dores. Ver os movimentos da alma para mim é uma honra e a cada dia mais me encanto com esta ferramenta que nos mostra o que os olhos não podem ver.

Colocar estas mulheres em ordem nos seus sistemas é gratificante, poder colaborar para que suas dores fiquem onde devem ficar, pra trás, no passado, no esquecimento.

E a partir dali poder seguir, leve, livre e feliz como deve ser uma MULHER.



Por Cristina S. Souza

Psicóloga Clinica

sábado, 9 de agosto de 2014

O Melhor pai para você

Este artigo está sendo pensado para aqueles que têm mágoas, rancor, raiva e até indiferença com e para o próprio pai.

É comum esperarmos muito dos nossos pais (pai/mãe), sempre há um vazio no coração dos filhos, a grande maioria dos adultos sofrem problemas de leves a graves tendo como causa este vazio deixado pelos pais.

Alguns têm bastante afinidade com um dos genitores e distância do outro, sendo mais comum a proximidade com a mãe e distanciamento do pai, salvo alguns filhos que conseguem uma afinidade maior com o pai.

E existem aqueles que têm raiva do pai, ou mágoa, indiferença, entre outros. Os motivos mais comuns que causam estes sentimentos são:
- Ausência: o pai trabalha horas a fio para manter a família e consequentemente se distancia, os filhos sentem falta da presença do pai e começa a sofrer por esta ausência.
- Brigas: nas brigas de casais, é comum que a mulher seja vista como frágil e o filho automaticamente toma partido da mãe, juntando-se a mãe e afastando-se do pai; quanto mais brigas mais os filhos se afastam.
- Grosserias: pai rígido, autoritário, agressivo, crítico, etc. têm tendencia a ser rejeitado pelos filhos.
- Alienação: quando a mãe reclama do marido para os filhos, fazendo-os de amigos ou terapeutas para desabafar suas insatisfações conjugais.
- Separação: quando o pai é separado e em muitos casos além de separado do filho pode vir atrelado a um ou mais dos itens acima.
- Nova família: após separação algumas pessoas refazem a vida constituindo nova família e esta pode intervir na relação pai x filhos do relacionamento anterior.

Todo sentimento negativo que o filho sente pelo pai nada mais é que se proteger da dor de amor.

Quem já chegou no estágio da indiferença é porque já sentiu muita raiva do pai, a raiva vem para encobrir a mágoa que por sua vez tem como causa muitas dores vividas e estas dores existem porque há amor. Todo filho ama seu pai, portanto para não sofrer desenvolve mecanismos que o levam a este processo. Mas o amor esta lá e espera algo do pai.

Soluções:

- Não julgar o pai: reconhecer que o pai é o que é porque tem uma história, ele também tem seus próprios pais, dos quais eles também esperam algo. Saber que o pai é da forma que é porque talvez, não aprendeu a fazer e ser diferente.


- O melhor pai: reconhecer que a sua existência só é possível porque foi este pai. Se a mãe tivesse engravidado de outro homem, não seria você. É você porque é este pai, com todas as informações genéticas (DNA), características e a hereditariedade.
Reconhecer que a vida veio dele, do pai.

_ Ser grato ao pai pela vida e por todos que vieram antes dele, avós, bisavós....

Claro que nem sempre é fácil mudar sentimentos acumulados por anos, mas acreditem, os sentimentos ruins apenas atraem sentimentos ruins. Um homem ou mulher que alimenta sentimentos em relação ao pai fica preso e não consegue estar inteiro para a vida, para a profissão, família e até para os próprios filhos.

Para estes a solução pode ser com ajuda terapeutica com Psicoterapia ou técnicas como Constelação Familiar, Programação Neurolinguistica, Hipnose, entre outras... É possível reverter o sentimento, os comportamentos.

O Fato é que dizer um sim para o pai, seja ele como for, é dizer SIM para a VIDA.
Que o digam aqueles que vivem em paz com o pai, em amor, e harmonia.


A todos um Feliz dia dos Pais e que todos os dias possam ser felizes nestas relações. Pai x filho(a)

Uma Homenagem do Espaço Crescer Psicologia


Por Cristina S. Souza - Psicóloga

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Ser filha do Herói

Ontem partiu um Pai Herói, pai de uma amiga, cuja história tive o prazer de acompanhar e mais que acompanhar me identificar.
Quando morre o paizinho dela, também morre em mim mais um pedacinho do meu e é por nós que escrevo aqui sobre ser filha do Pai Herói.

Todos os pais são Heróis? Claro que quando há amor na relação entre pai e filho(a), este pai será visto como herói.

Mas quero falar de um Herói diferente, de uma relação que pode ou não ser comum nas famílias. É mais que falar do Pai Herói, é falar na relação onde há a filha do Herói.


Ser filha do Herói

Há um livro, infelizmente esgotado e que por sorte consegui um exemplar: "A filha do herói " de Maureen Murdock; Editora Summus, 1994.

Ser filha do Herói é ser a filha predileta, aquela que o papai protege e defende mais que tudo na vida. Sempre falava que eu era o bibelô (aquele pequenos enfeites de casa que parecem tão frágeis que ninguem pode tocar) do meu pai, ninguém podia tocar, triscar na menina dele que ele ficava uma fera.

"De maneira geral a filha predileta é determinada pela intensidade de sua ligação com ele. Esta filha idolatra o pai como a um herói e deseja ser exatamente como ele" - Murdock

A autora faz toda uma reflexão sobre os prejuízos de ser a filha predileta, embora tenha lido o livro e indicado para algumas mulheres tenho muito carinho por ele e tento corrigir as sequelas de ser a filha predileta e me alegrar por ter sido esta filha, a filha do herói.

Ser a filha predileta do pai é sem dúvidas gratificante, ser protegida, cuidada, mimada. Estar sempre com aquele herói por perto, cuidando e realizando nossos desejos. É assim a vida da filha do herói. Um pai que é presente e com certeza um presente de Deus para esta menina.

Hoje estou melancólica, ouvindo a amiga lembrar que o pai ia fazer trabalhos e a levava junto; o meu ia fazer compras para seus negócios e eu estava lá, junto. Em seu trabalho, em sua folga, em todo momento.

Um pai que pode até nem falar de seus sentimentos, principalmente esses que nasceram na década de 30, mas nem precisava, sua presença perto desta pequena princesa já é uma fonte de amor, o amor que sente pela filha é percebido e retribuído.

Hoje conheço muitas teorias que falam destas relações mas nenhuma pode descrever como é bom ter um pai Herói.

Uma das formas de identificar a filha do herói é ver que ela é mais apegada ao pai que à mãe. Normalmente se afastam da mãe e se unem ao pai.

São meninas que buscam o que querem, são controladoras e dominadoras, porque foram mimadas. E sou grata ao meu herói por ter me mimado, assim hoje, não aceito pouco, busco o melhor, porque é assim que um pai herói cuida da sua filha, dando o melhor, o seu melhor, amor.

Ama a ponto de parecer que ama mais que tudo. Mas é um amor que não dá pra explicar, mas dá para sentir.

Mesmo mimando, passa segurança, a segurança de que tudo vai dar certo. Pois a menina sabe que aquele grande herói esta sempre por perto pra fazer dar certo.

Pai- é uma palavra doce, para algumas meninas, mais doce que mãe. É assim para a menina predileta, a filha, filha do herói.

De Cristina S. Souza - Psicóloga






domingo, 13 de julho de 2014

O PODER DA MENTE



"Não quero ser artilheiro da Copa do Mundo, só quero o título", disse Neymar em entrevista.
O Neymar já falou que quer mesmo é ser campeão, que artilharia fica em segundo plano, mas a gente sabe o quanto isso mexe com os jogadores.
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O dia que vi esta entrevista do Neymar fiquei com medo, ele foi categórico quando disse "não quero ser artilheiro da Copa do mundo", na hora me perguntei: como se vence um campeonato de futebol? Com gols, certo? Se o cara que faz gols não quer ser o maior goleador então a copa está perdida.
Não quero de forma alguma culpar o nosso menino Neymar, muito provavelmente ele não tem consciência do comando que mandou para sua própria mente. Falamos coisas a todo momento sem perceber que cada fala, cada pensamento pode ser um comando inconsciente para a mente e ela busca caminhos para realizar o comando recebido.
O problema maior é que a tendencia é de realizar os comandos negativos e não os positivos, por este motivo precisamos:
  1.  Ter consciência que nossa mente tem um grande poder de realização
  2. Ter cuidados com o que pensa e com o que fala
  3. Saber que temos dois mecanismos que funcionam no nosso psiquismo: a consciência e o inconsciente.


  1.  Ter consciência que nossa mente tem um grande poder de realização.

Minha mãe sempre falou que "palavras têm poder", vim entender agora, depois de adulta e de estudar muito, entendi o que ela queria dizer. Quando afirmamos muitas vezes uma coisa, ou quando desejamos de verdade as coisas acontecem, as vezes não no momento em que queremos, mas acontecem. 
Não é a toa que hoje existem tantos trabalhos de coach, são trabalhos que focam diretamente o poder que nossa mente tem para alcançar metas e objetivos, quando há foco.
A Programação Neurolinguistica também conhece o poder da mente e suas técnicas são voltadas para soluções utilizando este poder, seja para re-significar um passado ou para construir um novo futuro.
A ideia deste artigo é que o leitor tenha consciência do poder que a mente tem, e existem inúmeras teorias que tentam explicar este poder: Ex: 
  • Quando pensamos em uma pessoa e esta liga ou aparece para uma visita. 
  • Quando temos medo de realizar uma prova ou entrevista e adoecemos no dia. 
  • Quando desejamos fazer uma viagem e esta acontece: 

Lembro-me, em 2010 conversando com uma amiga propus a ela que  fizéssemos  uma viagem para fora de São Paulo, um congresso de Psicologia. Logo depois ganhei uma viagem para um congresso da Igreja Presbiteriana Independente, fui para Recife por 5 dias. 
Estendi o meu poder da mente para meu carro, enviei tantas vezes o comando de uma vaga para estacionar, em qualquer lugar que vou, que hoje mesmo sem o comando a vaga está lá, e não só para mim, para os demais motoristas dele também.
                    2. Ter cuidados com o que pensa e com o que fala
Sabendo de tudo isso nos resta ter cuidado com o que falamos e pensamos. Como nosso menino Neymar que falou não querer ser o artilheiro da copa e o cérebro dele pode ter registrado como verdade absoluta e encontrou caminhos para isso acontecer. Também acontece conosco de falarmos coisas e nossa mente registrar. Podendo ser positivo ou não, recentemente vivi uma experiência sobre comando:

- Não gosto de academia. (repetia esta frase constantemente) - considerando que o cérebro não registra o não, segundo algumas teorias, o que ficou registrado em minha mente: Gosto de academia. Fazem 4 meses que entrei em uma, por insistência do meu marido e estou amando.

Algumas crenças que estão em nossa mente e que nos impedem de algumas realizações:
Dinheiro é sujo. Dinheiro não traz felicidade. Isso não é pra mim. Não consigo. etc.

Mudar pensamentos, crenças, aprendizagens pode ser um caminho para novos caminhos e realizações.

                     3. Saber que temos dois mecanismos que funcionam no nosso psiquismo: a consciência e o inconsciente.

Agora você pode se perguntar: Então Cris, porque você não é milionária? Porque não é famosa? Magérrima? ou qualquer outra coisa... e respondo porque temos dois movimentos um é a consciência e outro o inconsciente. E é exatamente ai que se encontra o poder da mente, na mente inconsciente. É por isso que desejamos algo e conseguimos o oposto do que desejamos, porque a consciência quer A e o inconsciente quer B. Duas forças, um conflito e vence o mais forte, os desejos do inconsciente.

essa imagem nos retrata bem este mecanismo e seu funcionamento.
5% é consciência: tudo que temos consciência no momento, tudo que pensa, vê, percebe, lembra.
95% todo o resto: história, lembranças, traumas.... tudo que não esta na consciência esta no inconsciente, seja em um nível mais raso, acessível ou mais profundo. Sempre que há um desejo consciente, há um desejo inconsciente. Mas é uma briga, injusta, um conflito.
Vamos para nosso menino novamente: quando ele diz que não quer ser artilheiro,  na reportagem ele fala que faz parte de um time e que seu desejo é que o time seja campeão. 

Desejo consciente: quer ser campeão e não artilheiro
Desejo inconsciente: não quer ser melhor que os outros.(devido a sua humildade- qualidade e virtude).

5% X 95% quem vence? O desejo inconsciente, sendo uma das funções do nosso inconsciente: realizar desejos.
Outro exemplo: J. tem uma entrevista, quer muito aquele emprego, e no dia amanhece doente.
Desejo consciente: quer o emprego, precisa dele.
Desejo inconsciente: tem medo do novo, esta inseguro, não acredita em si então o desejo é: não conseguir o emprego. 
A mente busca um caminho, adoecer.

Tornando-nos assim sabotadores de nós mesmos. 
Quanto mais trouxermos para a consciência nossos impedidores inconscientes mais perto ficamos de realizar nossos sonhos e desejos.

Por: Cristina S. Souza
Psicóloga Clinica