segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Jovens X Mercado de Trabalho /// Dá pra ser feliz?


Alguns jovens que estão saindo da adolescência e estão em idade de ingressar no mercado de trabalho, têm me assustado com impressões muito ruins do que é trabalhar.
Jovens que têm uma visão de trabalho como algo ruim, fonte de sacrifício, infelicidade e dificuldades.
Muito triste, porque trabalho pode ser muito bom.

Estas impressões ou informações são passadas, com frequencia, pelos pais ou pessoas muito próximas, pessoas que trabalham insatisfeitas, sem sucessos, sem retornos financeiros; pessoas que não conseguiram  realização profissional. 
Também estas pessoas passam para os jovens a informação que trabalho é castigo, que irão ver "como é bom" trabalhar, no sentido irônico da frase. Falas como:
_ Você vai ver quando for trabalhar, ai vai dar valor à vida.
_ Aproveite bem, porque quando você for trabalhar acabou a "mamata".
_ Não vejo a hora de você ir trabalhar, ai você vai ver o que é bom.
Estas e outras formas de informações contribuem para que os jovens criem a idéia que trabalhar é muito ruim, gera então uma falta de interesse pelo trabalho, não havendo empolgação, dinamismo, empenho, etc. 
Também ver pessoas queridas sempre cansadas, insatisfeitas, reclamando e estressadas, contribui para acreditarem que estas situações são frutos do trabalho. E pode ou não, ser. Pode ser por insatisfação pessoal, dificuldades de relacionamentos, falta de sonhos, etc.

O trabalho na vida 
Primeira palavra que podemos vincular a trabalho e que para os jovens é  muito atraente  é Liberdade. Quando inicia no mercado de trabalho logo tem uma remuneração, esta remuneração traz uma certa liberdade financeira, o jovem pode a partir do primeiro salário fazer e adquirir coisas sem precisar de uma autorização prévia, ou sem precisar esperar pelos pais, esta liberdade é acompanhada pelo prazer de poder, poder ter, poder fazer.
Segunda palavra, capacidade. O jovem, muitas vezes inseguro em sua pouca idade e experiencia de vida passa a perceber por meio do trabalho, que é capaz. Capaz de aprender, de fazer, de realizar, crescer, conquistar. 
Isso mesmo, o trabalho pode ser fonte de liberdade e ferramenta para descobrir as capacidades.

Mas não é só isso, trabalhar é conhecer pessoas, conquistar oportunidades e vislumbrar uma escada de crescimento pessoal, profissional e financeiro. 
Trabalho pode sim ser muito bom. Trabalho deve ser muito bom. É lá, no trabalho que passamos maior parte do nosso tempo, por isso quebrar as barreiras, as crenças e os pré-conceitos adquiridos pode ser um facilitador para trabalhar com amor.

Trabalho X Amor 
Embora muitas pessoas não acreditem, é possível trabalhar e amar as atividades que realiza neste trabalho.
Podemos pensar em duas formas para este feliz "casamento":

1- Identificar as facilidades, os gostos, as capacidades e procurar um trabalho que se encaixe nas características. Por exemplo, uma pessoa extrovertida, que gosta de lidar com o público, gosta de pessoas, de conversar, sorrir e interagir; pode trabalhar com vendas, recepção, eventos, etc.
Pessoas que amam falar ao telefone, tem facilidade de comunicação, pode ser excelente em telemarketing, secretariado, etc. Enfim, procurar por capacidades e buscar empregos que podem utilizar e valorizar estas capacidades.

2. Se o emprego chegou e não deu tempo de perceber suas capacidades e facilidades então temos o segundo passo que é, ver o que este emprego tem de melhor. Esse melhor pode ser um chefe, um colega, o trabalho em si ou até o salário. Valorizar o melhor e ver este inicio como uma forma de crescimento, aprender o máximo, fazer o seu melhor e vislumbrar o próximo cargo dentro deste mesmo emprego ou qual será o próximo trabalho, agora focando suas preferencias e capacidades.

Na verdade trabalho pode nos levar a: liberdade, realizações, descobertas, experiências, seguranças, capacidades, esperanças, planos, objetivos, alegrias, poder, ..... como isso pode não ser bom? 

Quem passa esta informação, precisa rever os conceitos.

Com o trabalho podemos alimentar o SER e o TER, então....


Bom trabalho


                                                                                                     Por: Cristina S. Souza


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