quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Eu vou ser feliz..... depois.





Quantas vezes já nos deparamos com nossos sonhos, desejos, metas e objetivos? Muitas vezes.
Quantas vezes entramos em devaneios sonhando com aquela viagem, aquele carro novo, aquele computador, aquele Ipad, ou até mesmo aquele abraço, aquela conquista, aquele dia em que ouviremos de alguém um "eu te amo", ou um "me perdoa".

Sonhar, querer e desejar fazem parte da vida e deve ser um movimento constante, pois sonhos, objetivos e desejos são como combustível que nos levam a caminhar, sejam eles no SER ou no TER.

A questão que quero refletir hoje é sobre aqueles que nunca estão felizes com o que têm. E muitas vezes pior ainda, nunca estão felizes com o que conquistam. Estão sempre olhando pra frente, querendo sempre mais como se houvesse um buraco sem fundo de insatisfação na alma.
                                            
Pessoas que constantemente reclamam da vida, do trabalho, do relacionamento, da família, da igreja, do passeio, etc. Vamos pensar no passeio deste individuo:
Fala para um amigo que adoraria ver um filme no cinema. O amigo o convida e vão. Ao chegar lá começa a reclamar que está cheio, a pipoca está fria, a cadeira é ruim e que o cinema X é bem melhor, que seria muito mais gratificante ir ao cinema X.
O amigo para reparar o seu suposto "erro", no final de semana seguinte leva-o ao cinema X, e a ladainha começa novamente: a pipoca está salgada, as pessoas falam demais, não está se sentindo bem, preferia ter ficado em casa, etc. etc. etc.

Da mesma forma as pessoas agem assim com emprego: quero trabalhar na empresa X, quando entra não consegue ficar feliz pela conquista, logo coloca defeitos na empresa X e começa a querer a empresa Y, e o processo se repete.

Da mesma forma com relacionamentos: Se namorar a Fulana vou ser feliz, e quando conquista a
Fulana só encontra defeitos; quero namorar a Sicrana e o mesmo ocorre.

Pessoas assim são mais comum do que parece, pode ser que nem se percebam neste movimento, movimento em que nada está bom, nada o faz feliz, sempre almejando o novo, o diferente, o impossível, o que ainda não tem para poder ser feliz. Pessoas que estão presas no futuro, quando o futuro vira presente já tem um novo futuro em foco.

Estas pessoas sofrem porque nunca têm uma satisfação, nunca estarão repletas, sempre existirá uma sensação de falta.
 Falta algo que nem mesmo sabe identificar, o que contribui para piorar ainda mais o vazio. E parece ser um vazio da alma e na alma.

Pessoas assim sofrem porque não sentem satisfação com suas conquistas, seus ganhos, suas vitórias; precisam sempre de algo novo para ser feliz. Estão sempre à procura de uma felicidade plena, de que algo extremamente inédito e inesperado aconteça e arrebata a sua alma, mude sua história.

E a felicidade plena não existe, existem momentos felizes e para aqueles que estão constantemente insatisfeitos com a vida a dica é que comece a re-conhecer tudo e todos que lhe pertence.

Re-conhecer é perceber que tem, ver que tem e principalmente sentir. Olhar o que há de melhor em sua volta, nos seus e nos teus. Por exemplo olhar sua casa, cada detalhe, perceber que além de uma casa é um lar, sentir cada espaço deste lar, perceber cada pertence que nele existe, tocar, sentar, ver. Sentir a sensação ao olhar cada objeto seu. Depois veja as pessoas, cada um da família, cada parente, cada amigo, e veja o que há de melhor em cada um e a partir daí comece a valorizar aquilo que é seu e o que a vida já te ofereceu. Esta é a verdadeira felicidade, dar valor e se felicitar com tudo o que já tem e novas conquistas virão e deverão mesmo vir para acrescentar e somar.


Por: Cristina Silva Souza - Psicóloga




Um comentário:

Unknown disse...

conheço muita gente assim , que precisa de tratamento , mas usa argumentos para fugir ou não encarar um terapeuta ou psicólogo(a).