super-proteção
Um colega vai lançar um livro sobre mães super-protetoras,
não vi o livro, pretendo adquiri-lo, porém fiquei preocupada com o tema.
Como não li, não sei se ele defende ou condena a
super-proteção, ideal seria a justa medida, nem prender demais, ao ponto de não
permitir aos filhos de terem amigos, passearem com estes, irem ao shopping, cinema,
namorar, entre outras coisas saudáveis e também não liberar totalmente
deixando-os a mercê deles mesmos e do mundo.
Acompanho alguns adolescentes, pais e parentes, observo que
há algo não muito claro para este grupo, valores.
É comum que os adolescentes queiram experimentar tudo, que queiram pertencer a
grupos e bandos. Tudo seria muito saudável se não houvesse alguns poréns.
Experimentar para adolescentes e jovens dos dias atuais, é usar drogas, vê o barato que dá,
experimentar vários parceiros sexuais, entre outras aventuras.
Não estou dizendo o que é certo ou errado, estou apenas
apontando que é perigoso não proteger os filhos. deixá-los, seguir seus
caminhos.
Hoje só o exemplo dos pais é muito pouco, os pais não conseguem
nem mesmo perceber que as coisas mudaram e que antes não se falava de valores,
mas hoje nem se sabe o que são valores.
Já que é difícil a justa medida, então entre ser super-protetor
ou liberal, fico com os super-protetores, dá muito mais trabalho, não é fácil
falar não, saber com quem vai sair, conhecer não só o amigo mas a família do
amigo, e receber as mal-criações e caras e bocas quando, pais, falam não. E ainda
tem as caras e bocas, criticas daqueles amigos liberais que não concordam com
sua educação. Muito mais simples é
permitir.
Mas as conseqüências desta permissão pode ser fatal.
Acompanhei por algum tempo um grupo de apoio para dependentes
químicos e seus familiares, ouvia relatos das mães, dos pais, irmãos e me
colocava a pensar quanto sofrimento poderia ter-se poupado se estes pais
tivessem tido o pulso firme de falar não um, mas vários “nãos”.
Quanto à valores, é importante que pais, ou família de convívio,
conversem entre si e definam o que acham certo ou errado, o que aceitam e o que
não aceitam. Para então sentar com o filho(a) e falar sobre valores,
regras, ética, postura, etc.
Lembrem-se só ver e observar o comportamento dos familiares, não é mais
suficiente, porque somos atacados constantemente com estímulos visuais e
sonoros, TV e rádio. Programas em que ser “piriguete” e ter relações com o
bairro inteiro é lindo e é esta a informação que seu filho, criança e
adolescente está recebendo. Músicas que fazem apologia à sexo livre, comerciais
de bebidas, etc. Isso tudo gera uma força muito grande até em adultos quanto
mais nos mais jovens.
Sendo assim acredito sim na proteção, pais que amam protegem.
Por: Cristina S. Souza
Psicóloga
Por: Cristina S. Souza
Psicóloga
3 comentários:
Muito boa essa matéria, parabéns
Obrigada Simone, fico feliz em poder contribuir, mesmo que um pouquinho. Abços
Cris
Ótima abordagem Cris!
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