Filho – um bem precioso
Filho é o bem mais precioso que uma pessoa pode ter.
Sonha-se com eles, planeja-se te-los, gesta-se, após o nascimento muita
dedicação e muito amor.
Portanto quando chega a adolescência, chegam também os
conflitos, enquanto filhos estão em ebulição hormonal, conflitos emocionais a
mil, descobertas, revoltas, etc. os pais começam a se apavorar, porque dá a
sensação que o filho dormiu criança e acordou adolescente, dormiu bonzinho e
acordou rebelde. É como um romper da noite para o dia, um divisor de águas.
Inicia-se então o sofrimento dos pais, que é o foco deste
artigo. Em desespero, os pais não entendem o que acontece muito menos porque
acontece. Diante das desagradáveis mudanças sentem-se impotentes e, ora brigam
e utilizam de autoridade, ora utilizam de permissividade.
Tudo que foi construído: educação, valores, respeito,etc.
parece ter sido em vão. Os desafios surgem do nada e sem preparo algum os pais
tentam... e tentam... e tentam.
E o mais importante nesta história toda é realmente que os
pais tentem, persista, lute pelo seu filho, pois é neste momento, nesta idade
que eles realmente precisam de amor. O máximo de amor possível. E amor não é só
carinho, afagos e compreensão, amor também é falar não, é agir com autoridade,
é proteger, vigiar, cuidar. Mesmo que cuidar, deixem os filhos possessos de
raiva, de vergonha ou do que for.
Criticas aos pais cuidadosos virão de todos os lados, dos
amigos dos filhos, dos avós, dos amigos dos pais, até dos terapeutas e mestres
religiosos. Mas os pais NUNCA devem desistir, como citado no inicio, é o bem
mais precioso e do bem mais precioso deve-se cuidar com muito esmero. Utilizar
da intuição. Se achar que é não, é não. A intuição pode falhar mas é melhor
falhar por excesso do que falhar por falta.
Uma das maiores guerras desta idade é a sonhada liberdade, e
um dos maiores conflitos dos pais é saber se deve ou não dar a tal liberdade.
Cada filho é um filho, observar seus valores, sua forma de
pensar, suas escolhas nas amizades, seu comportamento, podem ajudar na ora de
decidir se deve ou não permitir a liberdade e se sim, o quanto de liberdade.
Para liberdade demais os adolescentes não estão preparados e
para liberdade de menos muito menos. E para os pais saber a justa medida,
impossível.
Quando adolescente percebia que tinha muita liberdade, mas
parecia que estava amarrada em uma corda e quando ia longe demais minha mãe
puxava a corda para eu não ultrapassar meus limites.
Hoje imagino que dou asas a minha filha, quis voar demais
cortei-lhe as asas, aos poucos fui devolvendo as asinhas e na medida que queria
ultrapassar os limites cortava-lhe novamente as asas, ficou um período sem asas
e agora está novamente tomando vôo. Espero, agora com 18 anos poder liberar e
aumentar as asas e poder vê-las crescer para que o vôo a alcançar seja alto.
Mas se necessário, mesmo com 18, corto novamente as asinhas.
O mais importante é que pais cuidadosos, apesar do
sofrimento, das criticas que recebem, dos conflitos do não saber,
continue cuidando, porque no final veremos que valeu muito a pena, que apesar
de muitas lágrimas derramadas, o orgulho do filho que se tornou, pode ser muito grande.
Precisa ter a ciência
que os filhos não são o vaso perfeito que criamos durante pelo menos 12 anos,
que são vasinhos com imperfeições, e as vezes quebram, reconstruímos, colamos e
mesmo com rachaduras e imperfeições, ainda assim são nosso maior tesouro.
E o mais importante:
APESAR DA DOR O AMOR. Indicação de filmes:
- Os Croods
- Hotel na Transilvania
Por: Cristina S. Souza
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