O medo é uma forma de respeito
Outro dia estive pensando em sonhos, metas e objetivos.
Sonhar é maravilhoso e estar diante da possibilidade de realizar os sonhos é
perfeito.
Porém junto com a possibilidade das realizações vem o medo.
Acabei de acordar, 4:00hs da madrugada e meu estomago está
contraído, com medo, como fala uma querida amiga, meu estomago está cheio de borboletas,
todas batendo asas.
O medo não é ruim, o medo pode ser bom, pode ser nosso
aliado. Já escrevi sobre isso: http://nossoespacocrescer.blogspot.com.br/2012/05/medo-quando-alguem-fala-que-esta-com.html
O medo é uma das fases da realização dos objetivos. Também
pode estar ligado ao perfeccionismo.
Mas gosto da fala, medo é uma forma de respeito, o que vou
fazer envolve pessoas, vou fazer com pessoas e para as pessoas, então devo em
primeiro lugar, ter respeito por estas pessoas, preciso oferecer a elas o meu
melhor ou muito mais que o meu melhor.
Sou visceral e quando me envolvo em algo, em algum projeto,
mergulho, passo a respirar este trabalho ou projeto, a vive-lo intensamente,
fato que contribui para que seja o meu melhor, depois que nasce e começa a
caminhar, relaxo, mas continuo a cuidar com intensidade.
Porém esta forma de ser pode causar sofrimento, ou
oscilações, ora estas borboletas no estomago traz prazer, pois estou diante de
uma concretização de sonho e ora é ruim porque dói, o medo dói.
Esta é uma forma de funcionar. Algumas pessoas conseguem
sofrer menos e até sofrer nada diante das realizações, não existe forma certa
ou errada, existe jeito de funcionar.
Saber e se perceber é muito bom para saber lidar da melhor
forma com a vida. Sempre fiz trabalhos com mulheres. E mulher parece que
funciona sempre do mesmo jeito, ao menos as minhas parcerias sempre têm
borboletas no estomago diante de uma estréia, de uma reestréia e de todo o
trabalho que vai realizar. Sempre ficamos nervosas, eufóricas, alegres,
ansiosas diante do novo, mas extravasamos as ansiedades e o trabalho sai.
Com homem parece ser diferente, como homem é centrado,
calmo, tranqüilo e racional. Que inveja de tanto domínio emocional. Mas é
importante que nas parcerias sejam respeitadas as diferenças, que cada um saiba
olhar para o outro e compreender os funcionamentos emocionais.
Pode acontecer o contrário também, alguns homens ficam ansiosos, tremem, soam na hora de apresentar ou realizar um trabalho, e algumas mulheres se mostram seguras. Talvez ter a consciência dos medos e das ansiedades sejam uma forma de se preparar para fazer o melhor, ignorar estes avisos pode ser uma armadilha, pois eles podem aparecer na hora errada.
O mais importante é que a realização das atividades, seja
feita com respeito a quem vai receber o trabalho, seja só ou em companhia,
sejam homens ou mulheres.
E por falar em parceria, sempre gostei de trabalhar em
parceria. Parece que a somatória dos conhecimentos de duas ou mais pessoas é
igual ao melhor trabalho:
Profissional x +
profissional Y = trabalho perfeito ou A
Lembro-me na faculdade, todos os seminários, trabalhos,
apresentações minhas notas eram altas, não porque sou a mais inteligente, mas
porque fazia parcerias que funcionavam perfeitamente.
Gosto do trabalho em conjunto porque o que um não enxerga o
outro sim, o que um não pensa o outro pensa e assim faz-se o melhor. O melhor
para o outro.
Também com parcerias é possível dividir as borboletas do
estomago.
Quando tenho medo eu:
-
sinto o medo e as emoções provenientes deste medo
-
visualizo cenas do trabalho sendo realizado (ou outro motivo
qualquer do medo: viagem, encontro, prova, etc.)
-
penso em meios e estratégias
-
escrevo estes meios
-
peço opiniões de pessoas próximas
-
ensaio
-
e tenho muita fé
-
lembro de situações anteriores que deram certo, também ajuda
Tem funcionado. Espero que desta vez também funcione
porque é um grande e maravilhoso Projeto.
Que seja feito o
melhor!
Por: Cristina Souza
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